É disto que o meu povo gosta! |
O onze apresentado por Rui Vitória começa a estabilizar. No sector defensivo a titularidade deverá estar reservada para o quarteto da última temporada com a dúvida a subsistir apenas na baliza. O trio do meio-campo também parece definido com a aposta em Gedson a ganhar força. Na frente muitas experiências nas alas e a dúvida quanto ao ponta de lança a utilizar, parecendo que Castillo começa a ganhar alguma vantagem.
Suplentes: Odysseas, Yuri Ribeiro, Conti, Lema, Tyronne Ebuehi, Alfa Semedo, Samaris, Salvio, Cervi, Ferreyra e Jonas.
Se vacilas, sofres
O Benfica começou esta partida procurando o domínio do jogo, através combinações que privilegiavam a posse de bola e uma pressão alta que levava à recuperação da mesma rapidamente. Esta postura criou algumas dificuldades ao Dortmund, que pareceu surpreendido com o atrevimento benfiquista. Ainda assim, mais uma vez, o domínio não se traduziu em oportunidades de golo registando-se apenas alguns lances de bola parada a fazer chegar a bola à área adversária.
André Almeida considerado o homem do jogo |
Perto dos vinte minutos de jogo, e quando já se registava maior equilíbrio, o Dortmund faz dois golos em dois minutos em dois lances começados pelo lado esquerdo do seu ataque. No primeiro a defensiva encarnada revelou pouca contundência no ataque à bola, e no segundo uma desconcentração de Rúben Dias colocou o jogador em jogo e este não perdoou.
Até final da primeira parte o Benfica procurou voltar ao jogo, mas acusou algum desgaste anímico. Ainda assim esteve perto do golo num dos muitos lances em que Gedson pressionou alto e obrigou o guarda-redes a jogar mal, permitindo a Pizzi colocar a bola na baliza deserta, mas a mesma ressaltou num defesa contrário.
Bons sinais para o que aí vem
A segunda parte trouxe uma frente de ataque completamente renovada com Salvio, Ferreyra e Cervi a ocuparem os lugares de Zivkovic, Castillo e Rafa. Mais uma vez o Benfica entra forte e dominador e desta vez mais contundente e acutilante no último terço do terreno. Fruto desta boa entrada chega ao empate num bom lance concluído por André Almeida. Este golo teve o condão de fazer acreditar a equipa de que a reviravolta era possível.
Svilar defendeu uma grande penalidade |
Perto da hora de jogo entram Yuri, Samaris, Alfa e Jonas, passando o Benfica a atuar em 4-4-2, com Jonas no apoio a Ferreyra. As mexidas não quebraram o ritmo do jogo, muito pelo contrário. Jonas traz sempre critério e classe ao jogo, mas foi Alfa quem mais mexeu com o mesmo. Trouxe vigor físico e poder de choque ao meio campo, e discernimento na circulação da bola. A sua boa entrada foi premiada com um bonito golo. Após o empate houve ainda tempo para as entradas em campo de Lema e Ebuehi que pouco tempo tiveram para se mostrar.
O resultado não sofreu alterações e nas grandes penalidades o Benfica acabou por se superiorizar por 4-3. Assistimos a um excelente teste perante um adversário poderosíssimo numa pré-época em que as dificuldades têm vindo em crescendo, e assim continuará a ser. Venha agora a Juventus para ajudar a equipa a elevar ainda mais os níveis de competitividade.
Momento | Positivo | Negativo
Golo do André Almeida: Este golo que materializou um bom início de segunda parte catapultou a equipa para uma boa exibição. | |
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Intensidade: Muito bem a equipa em termos de intensidade de jogo dando sinais que chegará forte ao decisivo apuramento para a Champions League. | |
Desconcentrações defensivas: Num momento em que o Benfica parecia controlar o jogo, duas desconcentrações em dois minutos resultaram em dois golos sofridos. É assim com este tipo de adversários. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Será Alfa Semedo o oito que a equipa precisa? Tem sido visto como a alternativa ao Fejsa, mas também tem atributos para jogar mais adiantado.
- Não seria melhor concentrar as atenções na contratação de um verdadeiro reforço para a baliza? Andam entretidos com o oito quando a maior lacuna não parece ser aí. Não esquecer que ainda temos Krovinovic.
- Apesar do bom jogo do Benfica fica-me sempre a ideia que o fosso entre o futebol português e o alemão é enorme. Tal apenas realça o bom desempenho da equipa.
Abraço