Grimaldo resolveu à bomba |
A responsabilidade do jogo levou Rui Vitória a proceder apenas a alterações pontuais na equipa. Fejsa e Jonas foram poupados para as batalhas que se avizinham até ao final do ano, entrando para os seus lugares Alfa Semedo e Seferovic. João Félix também voltou à titularidade ocupando a ala esquerda do ataque.
Suplentes: Svilar, Conti, Krovinovic, Gabriel, Cervi (59'), Zivkovic (35') e Castillo (77'). |
Um longo bocejo
Os primeiros 45 minutos desta partida foram uma imagem fiel do que tem sido o Benfica ao longo de grande parte da temporada. Muita circulação de bola sem qualquer tipo de objetividade e a um ritmo monocórdico que facilita a vida aos adversários. Se o adversário se contenta com o empate basta-lhe acumular duas linhas à frente da sua grande-área e bascular lentamente para o lado da bola.
Para agravar o estado de coisas o desempenho do Benfica nas bolas paradas, que poderiam ser a solução face à incapacidade para romper a defensiva adversária, é completamente nulo. Dos vários cantos e livres laterais de que a equipa dispôs nenhum deles criou qualquer situação de perigo. A única situação em que se podia esperar um golo era num lance de inspiração individual, mas até aí o horizonte anda sombrio.
Mais uma casa muito pobre |
Inconformismo premiado no fim
No reatamento da partida o cenário não sofreu grandes alterações. Continuou o futebol mastigado e previsível que os gregos iam controlando com tranquilidade. A entrada em jogo de Cervi trouxe finalmente algum rasgo à exibição benfiquista. Além do irrequietismo do argentino foi possível reeditar na ala esquerda do Benfica o trio que encantou em vários momentos da época passada: Grimaldo, Zivkovic e Cervi.
Foi preciso Alfa Semedo ir fazer uma reposição lateral ao lado esquerdo a lançar Seferovic que cruzou ao segundo poste, mas Zivkovic tinha feito o movimento para a zona do penálti e perdeu-se o lance. Perdeu-se esse lance mas ganhou-se impetuosidade e também o apoio das bancadas. A partir daí as ocasiões começaram a suceder-se, quase sempre através do inconformado Seferovic que por várias vezes esteve perto do golo, enviando inclusive duas bolas ao ferro.
Seferovic continua a justificar as oportunidades |
Vitória sofrida na despedida da Liga dos Campeões que permitiu somar três pontos à pontuação, repor algum prestígio, somar pontos para o ranking e amealhar alguns euros. Segue-se a deslocação à Madeira para defrontar o Marítimo em mais uma jornada da Liga NOS. Venham de lá os três pontos.
Momento | Positivo | Negativo
Entrada de Cervi: A entrada do argentino em campo trouxe a irreverência que o Benfica precisava para romper com a apatia que imperava desde o primeiro minuto. É sempre bom quando quem entra em campo vem para acrescentar. | |
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Seferovic: Mais uma vez foi dos mais inconformados da equipa. Muita entrega, boas movimentações, bom entendimento com os colegas e bons gestos técnicos na finalização que mereciam melhor sorte. | |
Apatia: O ritmo monocórdico que a equipa apresentou durante grande parte da partida é exasperante. Ou se altera este estado de coisas ou cada jogo vai ser um sofrimento. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Tem-se perdido oportunidades atrás de oportunidades para conseguir as boas exibições e os bons resultados que possam catapultar a equipa para patamares que já apresentou. Começo a ter muitas dúvidas que este seja o caminho a seguir. Pode ser que os astros se alinhem...
- Não vale a pena chorar sobre o leite derramado, foi-se a Liga dos Campeões, vem a Liga Europa. Apesar do alto nível da maior parte dos clubes em prova há que a encarar com a ambição de a vencer.
- Rafa lesiona-se quando estava a passar pelo seu melhor momento no Benfica. Parece sina.
- O número de penáltis que ficam por marcar a favor do Benfica na Liga dos Campeões é proporcional ao número de penáltis que marcam a favor de...
Abraço