A receção ao Lyon representava mais uma oportunidade para voltar às vitórias na Liga dos Campeões e recuperar uma tranquilidade que tem andado arredia da equipa na competição. Os franceses chegaram à Luz com a possibilidade de se isolarem na liderança do grupo e deixarem bem encaminhado o caminho para a qualificação. Por seu turno o Benfica precisava dos três pontos para se manter na corrida pelo apuramento para a próxima fase, aliás, outro resultado que não a vitória deixaria a equipa praticamente fora da continuidade nas competições europeias.
A equipa apresentada pelo Benfica dificilmente seria adivinhada por qualquer adepto, o que não deixa de ser preocupante nesta fase da temporada. Apesar do regresso de André Almeida aos convocados Tomás Tavares voltou a merecer a confiança do treinador. Florentino voltou à titularidade no centro do meio campo. Gedson e Cervi formaram a surpreendente dupla de alas da equipa. Rafa foi o escolhido para a posição de segundo avançado.
Zlobin, André Almeida, Jardel, Taarabt, Pizzi (20'), RDT (78') e Vinícius (59') |
Momento | Positivo | Negativo
Lesão de Rafa: Neste momento há um Benfica CR e um Benfica SR. O Benfica Com Rafa ainda consegue criar alguns desequilíbrios e empolgar os adeptos na bancada. O Benfica Sem Rafa é um sonolento deserto de ideias. | |
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Resultado: Foi o mais positivo que este jogo nos deixou. A vitória representa três pontos importantes para a continuidade nas competições europeias e, espera-se, um ponto de partida para uma fase mais confiante e impositiva por parte da equipa. | |
Exibição: Globalmente mais uma exibição muito pouco conseguida. Frente a um adversário também ele uns furos abaixo do exigido para a competição nunca conseguimos ser dominadores ou pelo menos manter o controlo do jogo. |
Bitaites do terceiro anel:
- O papel de um treinador é tirar o melhor partido dos jogadores que tem à sua disposição para defrontar cada adversário segundo a estratégia que lhe parece mais adequada. Acredito que Bruno Lage o procure fazer e estou muito longe de estar habilitado para pôr em causa as suas opções. Primeiro porque não tenho qualificações para isso e segundo porque não acompanho o dia a dia do plantel.
- Dito isso não posso deixar de manifestar aqui da bancada algum incómodo com a falta de estabilidade no onze titular, incompreensão por algumas das opções e preocupação com o rendimento coletivo e individual da maior parte dos jogadores.
- É inacreditável o número de "turnovers", usando terminologia do basquetebol, ou "erros não forçados", usando terminologia do ténis, da equipa. É impossível uma boa exibição coletiva com tantos erros ao nível do passe, e não estou a falar de passes de rutura ou passes de 40 metros.
- A dúvida que me assalta é: os passes são falhados por responsabilidade do jogador ou por falta de linhas de passe adequadas propiciadas pela equipa? Se a resposta for a primeira, quando os níveis de confiança dos jogadores subirem o problema resolve-se. Se for a segunda exige-se mais e melhor trabalho a Bruno Lage.
- Dou de barato a utilização do Rafa neste jogo. Lá está, não estou por dentro para saber a informação que o departamento médico deu ao treinador ou o que este e o próprio jogador sentiram durante os treinos. Agora ver o Seferovic levar uma trancada que o deixou visivelmente limitado logo aos dez minutos e só ser substituído aos sessenta...
- A linguagem corporal de Bruno Lage ao longo do jogo de ontem foi a imagem da equipa. Ou terá sido a imagem da equipa que foi influenciada pela linguagem corporal de Bruno Lage?
- Tal como muitos dos jogadores, também Bruno Lage está a ganhar estaleca para estas andanças. Apesar de me preocupar a forma "ruivitoriana" como tem "visto" alguns dos nossos jogos, acredito que tem a inteligência suficiente para corrigir e evitar esse rumo. Vamos Mister!
- O Lyon acabou o jogo com 11 jogadores! Não me f*dam...