Bruno Lage colocou o lugar à disposição |
É num momento extremamente conturbado que o Benfica se desloca à madeira para cumprir a 29ª jornada da Liga NOS frente ao Marítimo. Os insulares, ao contrário do Santa Clara, mantiveram os jogos em casa no seu próprio estádio, não sendo alheio a essa decisão o facto de ainda terem de defrontar o Benfica na condição de visitados. O campeonato aproxima-se a passos largos do seu final e o Benfica mesmo ganhando todos os seus jogos ainda depende de duas escorregadelas do seu adversário direto. O título é praticamente uma miragem, mas a história do clube não permite outra abordagem ao jogo que não seja a lua pela conquista dos três pontos.
Bruno Lage viu-se impedido de utilizar Rúben Dias e Gabriel por castigo e ainda Taarabt que se juntou a Grimaldo na lista de lesionados, enquanto em sentido contrário o capitão Jardel regressou à titularidade. No centro do meio campo Samaris fez companhia a Weigl enquanto as alas ficaram a cargo de Pizzi e Cervi. No ataque esteve a principal surpresa com Chiquinho a fazer companhia a Vinícius, papel que já havia desempenhado várias vezes na primeira metade da temporada.
Momento | Positivo | Negativo
Falhanços iniciais: Os falhanços na cara do guarda-redes ainda na fase inicial da partida além de não colocarem a equipa na frente do marcador, ainda serviram para aumentar a descrença dos jogadores. | |
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Menos um: Tenho que repetir a dose das últimas semanas, menos um jogo para o final desta penosa caminhada. | |
Lei de Murphy: É mesmo assim, são fases contra as quais temos que lutar, mas que é desesperante, é. |
Bitaites do terceiro anel:
- Resultado tremendamente injusto num dos jogos mais conseguidos após o regresso. Desacerto na concretização e cinco minutos de desnorte deitaram por terra todo o trabalho da equipa.
- Num cenário normal era para desvalorizar o resultado e reagir já no próximo jogo. Acontece que não estamos num cenário "normal", estamos numa fase de resultados e exibições negativos provavelmente inédita na história do clube. No contexto atual é imperioso uma sacudidela para tentar salvar o que ainda resta da temporada.
- A história do futebol sempre nos disse que o treinador é o primeiro a ser sacudido e neste caso não me parece que vá ser diferente. Continuar com Bruno Lage é prolongar uma agonia que não serve os interesses de ninguém.
- Não quer isto dizer que ele seja o único, ou mesmo o principal responsável. Há erros de todas as partes, seja estrutura, treinador ou jogadores. A saída do treinador é uma tentativa de reanimação no imediato, no final da época tomam-se as medidas que se imponham em relação aos jogadores e em outubro há eleições para "julgar" o trabalho da estrutura.