Reprodução da rubrica "News Benfica" publicada no Site Oficial
"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD apresentou ontem o relatório e contas referente a 2019/20, o qual, não obstante a pandemia que afetou o normal desenrolar das competições e subsequente quebra de receitas (continuando-se a cumprir todos os compromissos sem recurso a medidas de contingência, como o layoff, por exemplo), reflete a notável situação económica e financeira no final do exercício económico.
O impacto da pandemia, em 2019/20, ao nível das receitas é estimado um pouco acima de 12 milhões de euros e deve-se ao adiamento de três jogos para o exercício seguinte (7,6 milhões de euros de direitos televisivos que foram faturados somente em 2020/21), à impossibilidade de haver público nas bancadas (3,8 milhões de euros divididos entre corporate, 2,2, e devolução de Red Pass, 1,6), além da bilheteira e royalties.
Apesar desta quebra significativa nas receitas, 2019/20 foi o melhor ano de rendimentos da Benfica SAD, totalizando estes cerca de 294,5 milhões de euros, um crescimento um pouco acima de 20% face à época anterior.
É evidente que a transferência de João Félix, pelo montante que envolveu, teve uma relevância muito significativa neste indicador, mas convém salientar que os rendimentos operacionais sem atletas atingiram os 140 milhões de euros. Caso não tivesse surgido a pandemia, rondariam os 152 milhões de euros, o que resultaria em novo incremento face ao ano anterior.
O elevado nível de proveitos, bem acima dos custos verificados ao longo do exercício, motivou um lucro de 41,7 milhões de euros. Este é o segundo melhor resultado líquido na história da SAD e trata-se do sétimo ano consecutivo a dar lucro. Os resultados acumulados nos últimos sete anos atingem cerca de 185 milhões de euros positivos. Não surpreende, portanto, que a Benfica, SAD apresente agora capitais próprios a rondar os 161 milhões de euros positivos (+35,2%), inclusivamente superiores ao capital social que, recorde-se, é 115 milhões de euros.
O ativo voltou a crescer (0,7%) e o passivo manteve a trajetória descendente (-10,6%). Relativamente ao passivo, há a destacar a redução dos empréstimos obtidos (decréscimo de 32,5%). A dívida financeira situa-se agora abaixo dos 100 milhões de euros e foi reduzida em 162 milhões de euros nos últimos quatro anos.
Quanto à dívida líquida, que compara a dívida com as disponibilidades financeiras, é agora 98,1 milhões de euros, o valor mais baixo na última década da SAD benfiquista. Considerando o clube e todas as empresas participadas, este indicador, em 2010/11, atingia os 155,7 milhões de euros e era superior aos rendimentos totais (146 milhões de euros). No final de 2019/20, os 92,7 milhões de euros de dívida líquida do grupo Benfica estão muito abaixo dos 321,7 milhões de euros de rendimentos, comprovando a enorme evolução positiva da situação económica e financeira do Sport Lisboa e Benfica e, em particular, da Benfica SAD."
Abraço