Desequilíbrios que se impõe retificar
Sálvio em acção no Benfica vs Arsenal |
A presença do Benfica na Emirates CUP começou com este jogo frente à equipa da casa. A particularidade de haver um jogo menos de 24 horas após este certamente que cria dificuldades ao treinador na gestão do duplo desafio, com a agravante de serem dois adversários de campeonatos onde os ritmos elevados são uma constante.
Parece-me que Rui Vitória apostou numa equipa que será a base do onze titular ao longo do campeonato, com excepção de Buta, Filipe Augusto e Eliseu. Ressalvando a questão dos avançados onde o equilíbrio é nota dominante.
Hoje já deu para assistir a um jogo com um ritmo competitivo bastante interessante. Adiantou-se o Benfica com um golo fabricado pela dupla Pizzi e Jonas, bem concluído por Cervi. Respondeu o Arsenal num lance resultante de um erro de avaliação de Pizzi.
O Arsenal aproveitou bem uma falha de posicionamento de Buta para se adiantar no marcador. Ainda antes do intervalo o Benfica chegou ao empate na sequência de uma recuperação de bola em zona ofensiva fruto da boa pressão da dupla atacante cabendo a Sálvio a finalização.
Na segunda parte o Benfica sofreu para suster a qualidade atacante do Arsenal. Apesar do jogo ter sido algo repartido, com boas iniciativas de parte a parte, sempre que os jogadores do Arsenal entravam no último terço a qualidade dos seus jogadores fazia a diferença, tendo concretizado três golos e ficando próximo disso noutros tantos.
O Benfica apresentava naturais dificuldades sobre o seu lado direito, tendo Aurélio Buta, certo que com pouco auxílio do Sálvio, apresentado problemas de posicionamento que contribuíram para o avolumar do resultado.
No tempo que faltava jogar as equipas começaram já a pensar no jogo do dia seguinte deixando correr os minutos e efectuando as muitas substituições permitidas.
Apesar da derrota pesada, mais uma, fica a ideia do crescimento da equipa com a incorporação de mais elementos do grupo dos potenciais titulares. Para saltar para outro patamar parece-me inevitável o recurso ao mercado para compensar as saídas de Ederson, Nelson Semedo e Lindelof.
Destaques do Baralho
REI: Árbitro – Sou fá da arbitragem inglesa. Exceptuando um ou outro árbitro mais espalhafatoso, o respeito que impõe aos jogadores de forma natural e a forma como deixam o jogo correr sem interrupções, torna-o muito mais agradável de acompanhar.
REI: Árbitro – Sou fá da arbitragem inglesa. Exceptuando um ou outro árbitro mais espalhafatoso, o respeito que impõe aos jogadores de forma natural e a forma como deixam o jogo correr sem interrupções, torna-o muito mais agradável de acompanhar.
ÁS: Adeptos – Faça chuva ou faça sol, lá estão eles sempre presentes.
SENA: Intervalo entre jogos – Difícil de gerir um intervalo entre jogos tão curto quando já só estamos a uma semana do primeiro jogo oficial e seria suposto fazer pelo menos um jogo com o chamado onze titular a jogar os 90 minutos.
DUQUE: Falta de reforços – Júlio César nesta fase da carreira é "apenas" razoável, Aurélio Buta, Pedro Pereira e Rúben Dias, são jogadores para crescerem numa equipa da primeira liga e, na minha opinião, Lisandro López não chega para o Benfica. Há que investir.