quarta-feira, 8 de agosto de 2018


Benfica 1 - 0 Fenerbahçe - De menos a mais

Benfica Cervi
Cervi marcou o primeiro da temporada
Casa cheia no Estádio da Luz para o primeiro jogo oficial da temporada que colocou no caminho do Benfica rumo à fase de grupos da Liga dos Campeões os turcos do Fenerbahçe. Se já era fundamental a presença na fase de grupos, com o aumento dos prémios monetários para esta temporada, a ainda mais importante se tornou. O adversário é uma equipa também já habituado a estes ambientes, com um conjunto de jogadores com basta experiência destas andanças.
Rui Vitória apostou no onze esperado mantendo a aposta em Odysseas na baliza e optado por Rúben Dias para fazer dupla com o capitão Jardel. Apesar da importância do jogo, Gedson manteve a titularidade no trio do meio campo encarnado. A frente de ataque foi constituída pelo trio de argentinos que havia sido aposta nos últimos jogos de preparação.

Suplentes: Svilar, Conti, Alfa Semedo, Samaris, Rafa, Zivkovic e Castillo.

Tensão coloca chumbo nos pés

Este era o primeiro jogo da caminhada rumo aos milhões da Champions e se o primeiro jogo oficial de cada temporada por norma já é carregado de tensão, os valores que estão em jogo esta temporada sobrecarregaram essa tensão. Foi um Benfica muito preso de movimentos, com excesso da cautela e muito pouca criatividade que se apresentou em campo.
Benfica Fejsa
Fejsa cresceu muito na segunda parte
O Fenerbahçe não se apresentou na luz com o autocarro estacionado. Jogou sempre com as linhas muito juntas, criando dificuldades à organização do jogo encarnado mas sempre que podia subia essas linhas e pressionava alto a primeira fase de construção do Benfica. Os turcos não incomodaram muito a defensiva benfiquista mas defenderam com algum critério e procuraram criar instabilidade através do antijogo dos seus jogadores mais experientes.
Somando a estratégia dos turcos com o nervosismo e falta de ideias do Benfica nesta primeira parte só poderíamos ter assistido a um jogo monótono e sonolento que se pode aceitar nesta fase da época mas não se pode qualificar como agradável de assistir. Ainda assim mesmo em cima dos 45 minutos, Ferreyra teve tudo para abrir o marcador, mas não conseguiu levar a melhor frente ao experiente guarda-redes turco.

Vitória curta mas importante

A segunda parte trouxe um Benfica com outra intensidade e dinâmica e um Fenerbahçe que ia recuando à medida que o tempo ia passando. Resultado disso jogou-se praticamente sempre no meio campo dos turcos com lances de ataque por ambos os flancos que iam causando cada vez mais instabilidade na defensiva turca. Mesmo com este domínio notavam-se algumas dificuldades em zona de finalização com muito distanciamento entre Ferreyra e aqueles que o devem servir.
Rui Vitória troca de avançado fazendo entrar Castillo para o lugar de Ferreyra denotando que a cautela foi a nota dominante na estratégia para este jogo. Certo é que o chileno trouxe mais ao jogo do que o argentino mesmo descontando que entrou na melhor fase do Benfica. Deu largura e profundidade, foi agressivo na disputa de cada bola e importante nos apoios frontais aos médios encarnados.
Benfica Grimaldo
Grimaldo foi sempre o mais inconformado
A maior pressão encarnada foi devidamente premiada com o golo de Cervi após assistência de Salvio. Estava finalmente aberto o marcador e obtida a vantagem na eliminatória. Até final ainda se procurou o segundo, mas os remates de Castillo foram inofensivos para o guarda-redes contrário. Em cima do final da partida tempo ainda para um susto com um excelente remate que passou perto da barra da baliza de Odysseas.
O resultado não é o desejado mas não deixa de ser importante o facto de não ter sofrido golos em casa, dado sempre importante nestas eliminatórias. A deslocação à Turquia vai ser complicada pelo que todos esperamos por um Benfica mais forte e mais consistente na próxima semana. Entretanto venha daí o Vitória de Guimarães.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Entrada de Castillo: A entrada do Chileno trouxe mais presença e dinâmica à equipa do Benfica no último terço do terreno. Pena que não tenha aliado a potência no remate à agressividade e boas movimentações que acrescentou ao jogo. 
Prémio Pablo Aimar
Grimaldo: Boa exibição do lateral esquerdo benfiquista. Pareceu sempre o mais inconformado com a falta de rasgo da equipa, esticando o jogo sempre que tal se proporcionava.
Prémio Bruno Cortez
Primeira parte: Mesmo com todas as condicionantes que atrás foram referidas, não é admissível uma exibição tão descolorida num jogo desta importância.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • A equipa já apresenta um nível razoável em termos de organização defensiva e na primeira fase de construção, mas é preocupante a falta de ideias sempre que entramos no último terço do terreno. Desesperante ver o fosso entre o avançado perdido entre os centrais e o resto da equipa. Venham daí ideias claras e verdadeiro entrosamento coletivo.
  • Logo no primeiro minuto ficou por marcar uma grande penalidade a favor do Benfica. Já começa a ser um clássico na Liga dos Campeões.
  • O guarda-redes turco gozou quanto quis com os adeptos que pagam a peso de ouro para ver futebol. Incrível como o árbitro pactuou com tanto antijogo.
  • Desta vez deu para ver o jogo na Catedral. Que bom sentir aquele ambiente, pena apenas que o inferno seja tão intermitente.

Abraço

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