Está feito o segundo por Pizzi |
A equipa apresentada por Rui Vitória foi a esperada, com Ferreyra a ocupar o lugar do lesionado Castillo na frente de ataque, sendo essa a única alteração em relação ao jogo com o Fenerbahçe para a Liga dos Campeões. Registo para a estreia de João Félix no banco dos suplentes.
Ritmo baixo e aparece Ferreyra
O Benfica entrou para a primeira parte deste jogo com bastante pragmatismo, privilegiando a segurança na posse de bola em detrimento do risco. Apesar dessa postura logo no início do jogo o Boavista dispõe uma boa oportunidade para abrir o marcador que felizmente não concretizou. Na resposta André Almeida tem um excelente remate a causar problemas ao guarda-redes contrário.
O ritmo de jogo era baixo com pequenas acelerações apenas quando a bola entrava nos flancos, nomeadamente o esquerdo onde Grimaldo e Cervi iam encontrando espaços nas costas da defensiva boavisteira. Os cruzamentos é que raramente encontravam o destino certo. O entrosamento de Ferreyra na equipa ainda está longe de ser o ideal e isso nota-se em algumas fases do jogo.
Ferreyra abriu o marcador no Bessa |
O Boavista contentava-se com o adiar do golo do Benfica e raramente se acercava da baliza de Odysseas. Curiosamente é num lance de mau futebol em que ninguém do Benfica se movimenta para receber a bola num lançamento lateral, que a defensiva boavisteira é pouco expedita a sacudir a bola, e Ferreyra na pressão consegue recuperar a mesma e num remate colocado ao segundo poste abre o marcador. Ainda antes do intervalo Salvio no frente a frente com o guarda-redes podia, e devia, ter feito o segundo para o Benfica, mas não conseguiu concretizar.
Segunda parte avassaladora
Por força da vantagem adquirida e também da gestão de esforço devido aos jogos da Liga dos Campeões, esperava-se um Benfica de maior contenção e a impor um ritmo ainda mais baixo ao jogo. Surpreendentemente a equipa benfiquista reentrou na partida com um ritmo altíssimo na procura do golo da tranquilidade. Salvio por duas vezes esteve muito perto de o conseguir.
O Boavista pareceu surpreendido pela postura encarnada e nunca foi capaz de causar perigo para a baliza de Odysseas. O Benfica circulava a bola com maior velocidade e rapidamente a recuperava quando a perdia. Foi sem espanto que o segundo golo chegou com Pizzi a dar o melhor seguimento a mais uma boa incursão de Salvio pela direita.
Gedson sempre em jogo |
O Benfica não levantou o pé e manteve a pressão sobre o Boavista que apenas com faltas ia conseguindo parar a dinâmica imposta pelos encarnados. O resultado podia atingir números mais alargados, com destaque para um cabeceamento de Jardel e um lance em que Pizzi isolado já não teve frescura para desviar convenientemente a bola do guarda-redes.
Excelente vitória num campo muito difícil, entre dois jogos da Liga dos Campeões, que vem reforçar a confiança que a equipa vem apresentando, algo sempre importante perante os desafios que se aproximam. Agora é virar o foco para o PAOK que será um adversário de respeito.
Momento | Positivo | Negativo
Entrada de João Félix: Não pelo que fez no jogo, mas sim porque este dia ficará na história como o dia em que João Félix se estreou oficialmente pelo Benfica. | |
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Salvio: Excelente exibição do irreverente extremo argentino. Mesmo com algumas más decisões que são marca da casa, a sua influência no jogo voltou a ser uma realidade. | |
Caça ao Gedson: Abriu oficialmente a época da caça ao Gedson. Não via nada igual a isto desde o célebre jogo do "deixem jogar o Mantorras" na Póvoa de Varzim. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Tem-me surpreendido pela positiva o jogo de pés do Odysseas. Numa equipa grande que tem como modelo a construção desde trás, é fundamental um jogador que se sinta à vontade com a bola nos pés. A melhorar o passe longo.
- Estamos com um calendário muito apertado, talvez seja altura de começar a impor alguma rotação na equipa. Espero que os índices físicos estejam a ser devidamente monitorizados.
- Vi o jogo num "inácio" só com o som ambiente. Espetáculo, foi o jogo todo a ouvir apenas os nossos bravos.
- Aquele livre do David Simão para a pantera da bandeira gigante mostra bem que estava comprado. O cacete que deu durante o jogo todo foi só para disfarçar.
Abraço