Pizzi faturou a triplicar |
Apesar do jogo se disputar entre os dois jogos da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, Rui Vitória apostou naquele que tem considerado o onze mais forte, não procedendo a qualquer alteração na equipa que havia defrontado o Fenerbahçe. Dos vinte convocados Lema e João Félix foram os eleitos para verem o jogo da bancada.
45 minutos de prego a fundo
Se o início deste jogo representar um prenúncio do que vai ser o campeonato nacional, então estaremos na antecâmara de uma grande competição. O Benfica entrou em campo com um ímpeto ofensivo muito forte demonstrando vontade de chegar cedo à vantagem ao encostar o Vitória ao seu reduto defensivo. Após os primeiros minutos de domínio benfiquista os forasteiros conseguiram sacudir a pressão e responderam com a primeira grande oportunidade de golo à qual Odysseas correspondeu com segurança.
Gedson continua em grande |
Com o jogo aparentemente mais equilibrado, uma grande arrancada de Gedson pela direita permitiu a Pizzi abrir o marcador com um remate muito bem colocado. Quase de seguida Salvio sofre penalti que Ferreyra acaba por não conseguir converter. O Guimarães respondeu e Odysseas volta a brilhar ao defender um primeiro remate do médio vimaranense e ao fazer a mancha à recarga contribuindo para que o adversário tanto colocasse a bola que esta embateu no poste.
O jogo continuou em bom ritmo com os laterais de ambos os flancos a carburar em pleno. Foi precisamente de uma excelente combinação pela direita que André Almeida assiste Pizzi para o segundo. O terceiro da noite, e terceiro de Pizzi, resulta de uma incursão de Grimaldo pelo flanco contrário que permitiu o golo de Pizzi após excelente simulação de Ferreyra.
Acabar com o credo na boca
O reatar da partida foi uma continuação da primeira parte com um Benfica muito pressionante e um Vitória a procurar um golo que o voltasse a meter dentro do jogo. Certamente que uma possível quebra física do Benfica na fase final do jogo estava na cabeça dos vimaranenses, pelo que nunca deixaram baixar o ritmo do jogo.
Comunhão com os adeptos no momento do golo |
A crença do Guimarães foi recompensada à entrada do último quarto de hora com um golo em que a defensiva do Benfica foi pouco agressiva dentro da sua área. A juntar à expectável quebra física, a saída de Fejsa do meio campo benfiquista fez com que a batalha do meio campo começasse a ser perdida. Alfa Semedo teve dificuldades em entrar no ritmo de jogo e Gedson e Pizzi já apresentavam algum desgaste. Neste cenário foi quase com naturalidade que surgiu o segundo golo dos visitantes que provocou algum nervosismo nas bancadas.
O Benfica soube reagir e voltar ao comando do jogo não permitindo que o Vitória voltasse a importunar a baliza de Odysseas. Apesar do susto a vitória é mais do que merecida, fruto de uma exibição muito conseguida. Agora é voltar a virar o foco para os turcos que muito trabalho irão dar.
Momento | Positivo | Negativo
Substituição de Fejsa: Não critico Rui Vitória pela substituição. Acho mesmo que nessa altura quase todos os Benfiquistas a pediam, mas é um facto que há um Benfica com Fejsa e outro sem Fejsa. | |
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Pizzi: Primeira parte de luxo do transmontano coroada com três golos plenos de oportunidade. Além dos golos foi sempre muito importante na dinâmica imposta no jogo. | |
Falhanço de Ferreyra: Não é o momento negativo pelo falhanço em si, mas sim pela oportunidade perdida de elevar os seus níveis de confiança. Apesar de não marcar foi sempre muito combativo dentro de campo. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Gosto deste Benfica com sangue na guelra, que pressiona a todo o momento e procura o golo com vertigem, mas há momentos em que importa colocar algum gelo no jogo. Principalmente tendo em conta o número de jogos que vamos ter em tão curto espaço de tempo.
- Já agora, para este modelo de jogo exigente é necessário profundidade de banco e tal não se verifica, principalmente na zona de maior exigência que é o centro do terreno.
- A forma como o Rafa defendeu o Celis com os olhos no segundo golo do Vitória talvez explique porque passa tanto tempo no banco.
- Por falar em Rafa, será que o Rafa do Vitória foi comprado para fazer aquele penalti sobre o Salvio ou para facilitar nos dois primeiros golos?
Abraço