terça-feira, 21 de agosto de 2018


Benfica 1 - 1 PAOK - Sabor amargo!

Benfica Liga dos Campeões
Reagir à Benfica se queremos a Liga dos Campeões 
Após a eliminatória com o Fenerbahçe, a rota dos milhões da Liga dos Campeões colocou os gregos do PAOK no caminho do Benfica. Os gregos chegaram ao Estádio da Luz com a moral acumulada pelas eliminatórias anteriores onde deixaram pelo caminho o Basileia e o Spartak de Moscovo sem sofrerem qualquer derrota. Os adeptos voltaram a encher a Catedral apesar do preço proibitivo dos bilhetes.
O onze inicial trouxe uma novidade relativamente às últimas partidas: Zivkovic ocupou o lugar de Salvio na ala direita do ataque. O argentino apresentou problemas físicos e saltou fora do lote dos disponíveis. Esta alteração permitiu a presença de João Félix no banco dos suplentes.

Suplentes: Svilar, Conti, Alfa Semedo, Samaris, Rafa (64'), João Félix (79') e Seferovic (79').

Tanto bate até que fura

O PAOK entrou no jogo de forma desinibida não se remetendo a estacionar o autocarro à frente da sua baliza. Procurou pressionar alto a primeira fase de criação do Benfica colocando vários jogadores na zona da bola. O Benfica acusou algum nervosismo nesta fase inicial acusando de certa forma a pressão de não querer sofrer golos em casa, algo sempre importante nestas eliminatórias. Para complicar Odysseas tem duas reposições de bola para os pés do adversário que ainda enervaram mais a equipa.
Apesar da má entrada do Benfica, logo aos seis minutos Gedson introduz a bola na baliza grega mas um toque anterior de Ferreyra na bola provocou o respetivo fora-de-jogo. De seguida o PAOK vê o seu avançado rematar muito por cima da área num lance sem perigo, algo que já não se verificou no remate seguinte que por muito pouco não deu o primeiro da noite para os gregos.
Benfica Fejsa
Fejsa foi senhor do meio campo
Passada a fase de nervosismo inicial o Benfica começa a criar lances de perigo em catadupa, quase sempre através de Pizzi. Primeiro num remate rente ao poste, depois numa tentativa de chapéu que embate na barra e finalmente num cabeceamento que ainda retira tinta ao poste. Depois de Pizzi coube a Gedson rematar com muita potência para a defesa a dois tempos do guarda-redes grego.
O ritmo de jogo baixa ligeiramente e as equipas parecem esperar pelo intervalo para refrescarem ideias. Acontece que mesmo em cima do intervalo Gedson sofre falta para penalti, que Pizzi se encarrega de converter na mais que merecida vantagem no marcador.

Desgaste acumulado resulta no golo grego

O Benfica regressou dos balneários com a intenção clara de chegar ao segundo golo que desse mais tranquilidade para a deslocação à Grécia. Ferreyra que poucas vezes dispôs de oportunidade para concretizar na primeira parte, tem dois remates consecutivos com o segundo a causar muito perigo. De seguida Grimaldo tenta surpreender com um remate de fora da área e ficou muito perto do golo.
O PAOK não aparecia no jogo e esperava-se o golo a qualquer momento, mas ou por ineficácia dos atacantes benfiquistas ou mérito do guarda-redes, tal não sucedeu. A meio da segunda parte o jogo fica mais equilibrado e começa novamente a pairar o fantasma do golo grego. A bola começou a rondar a baliza de Odysseas e o golo acabou por surgir numa bola parada em que a defesa foi pouco lesta a reagir à bola que ressaltou na barra. Muito ingrato para o que o Benfica havia feito até então, mas a este nível a eficácia é lei
Benfica João Félix
João Félix teve a última oportunidade
Rui Vitória lança Seferovic e João Félix passando a jogar com dois avançados na tentativa de voltar ao comando do jogo. Os gregos defenderam com unhas e dentes o empate não hesitando em fazer falta sempre que necessário. Mesmo assim Ferreyra desperdiça uma excelente oportunidade na cara do guarda-redes e mesmo no último lance, João Félix remata forte rente ao poste num lance que retrata a exibição benfiquista.
Este empate é um mau resultado que obriga o Benfica a marcar no jogo da segunda mão. O PAOK tem um coletivo muito forte mas o Benfica se quer ser equipa de Champions, tem que demonstrar na Grécia a sua superioridade. Agora vem o jogo da liga com o Sporting e é nesse que deve estar p foco.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Golo do PAOK: Mais uma vez o momento do jogo é o golo marcado fora de casa. É um golo que altera o cenário da eliminatória e o estado de espírito das equipas. 
Prémio Pablo Aimar
Fejsa: Foi omnipresente em todo o jogo. Além do número infindável de bolas recuperadas e espaços fechados, foi sempre muito rápido e vertical com bola. Nem a ação menos feliz no lance que originou o golo grego tira brilho à sua exibição.
Prémio Bruno Cortez
Ineficácia: A este nível a eficácia faz a diferença. As várias oportunidades criadas com muito mérito pela equipa deveriam ter dado origem a mais golos.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Jogamos bem, criamos oportunidades, tivemos posse de bola, etc. Tudo muito bem, mas se não ganhamos a esta equipa grega não merecemos de forma nenhuma estar na Liga dos Campeões.
  • Ainda no último jogo tinha elogiado o jogo de pés do Odysseas. Só para me chatear falhou logo duas reposições no início da partida que puseram a equipa com os cabelos em pé. Felizmente não acusou o toque e voltou à tranquilidade.
  • A saga continua ao juntar à última da hora Salvio a Jonas e Castillo. Já nem falo no Krovinovic.
  • Ficaram muitos lugares por preencher no Estádio da Luz. Num jogo decisivo como este não se pode trocar o apoio dos adeptos pela receita de bilheteira. Há que rever esta política de preços.
  • Ninguém merece ver um jogo da Liga dos Campeões comentado pelo Dani. Lá tive que voltar à velha tática de retirar o som à televisão.

Abraço

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