Seferovic saiu lesionado |
À imagem do que fez na Turquia Bruno Lage voltou a fazer várias alterações na equipa titular apresentada em Zagreb. Na defesa Corchia ocupou a vaga na lateral direita e no meio campo Gedson, Florentino e Krovinovic fizeram companhia a Gabriel. O ataque ficou mais uma vez entregue à dupla habitual composta por João Félix e Seferovic.
Suplentes: Svilar, Yuri Ribeiro, Samaris, Zivkovic (70'), Cervi (35'), Rafa (61') e Jota |
Nem sempre funciona
Foi um Benfica pouco agressivo sem bola e menos acutilante com a mesma bola que se apresentou em Zagreb perante um adversário que não sendo de primeira linha, apresenta qualidade. A estratégia foi idêntica à de Istambul procurando manter um ritmo de jogo sempre baixo enquanto o resultado fosse favorável. A eliminatória joga-se a duas mãos e o objetivo principal, mais do que resolver na Croácia, pareceu-me ser trazer a eliminatória viva para Lisboa.
Zivkovic pouco acrescentou |
Perto da meia hora de jogo Seferovic lesiona-se e é substituído por Cervi, levando a que Krovinovic jogasse no apoio a João Félix. Numa fase em que a equipa ainda se reorganizava Rúben Dias comete um penálti completamente desnecessário e os croatas adiantaram-se no marcador. O Benfica não conseguia reagir e Odysseas foi obrigado a nova grande intervenção a negar o segundo mesmo antes do intervalo.
Equipa órfã de referências
A segunda parte do Benfica foi um somatório de erros coletivos e individuais, com os passes a saírem maioritariamente transviados, quer por falha no gesto técnico, quer por falta das várias opções de passe ao portador que têm sido apanágio desta equipa. A equipa não conseguia ligar uma jogada e as constantes perdas de bola iam permitindo que o adversário acreditasse que podia chegar ao segundo. A falta de algumas das principais referências na fase de construção fez-se notar mais do que o desejado.
Grimaldo acabou o jogo em dificuldades |
Mau resultado a corresponder àquilo que a equipa produziu, mas que deixa tudo em aberto para a 2ª mão. É fundamental encarar o jogo da próxima quinta-feira com todo o respeito pelo adversário, mas também com a convicção de que somos superiores. Antes disso há a receção ao Belenenses na primeira das dez finais rumo ao título de campeão.
Momento | Positivo | Negativo
Penálti de Rúben Dias: Apesar das melhoras que vem apresentando continua a ter estas "paragens do relógio" que podem sair muito caras à equipa. A raça e a atitude são importantes, mas o cérebro ainda mais. | |
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Corchia: Foi dos poucos que conseguiu apresentar uma exibição minimamente conseguida. Sempre umas rotações acima da maioria dos colegas. | |
Lesão de Seferovic: O suíço deve ser o jogador mais difícil de substituir no atual Benfica. Resta esperar que a lesão não o obrigue a uma paragem prolongada. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- A prioridade máxima tem que ser a Liga NOS. A Liga Europa é para ir o mais longe possível, de preferência até à final, mas sempre preservando os jogadores mais importantes para os jogos do campeonato. Por isso acho que hoje devíamos ter ido mais longe nas alterações apresentadas.
- Após uma série de boas exibições e bons resultados estivemos uns bons furos abaixo do normal. Não há que dramatizar, até porque a eliminatória continua em aberto, mas dá para concluir que não será fácil o percurso na prova se não for com o onze de gala, ou perto disso.
- Aquando do sorteio torci um bocado o nariz a este adversário. Por vezes mais vale um adversário de um campeonato de primeira linha, que faz rotação na Liga Europa, do que um adversário de uma liga secundária já campeão a meio da época e que aposta todas as fichas nesta prova.
- Mister, a rotação é sempre para os mesmos? A dupla de avançados não devia já ter entrado na rotação? Agora com o Belenenses temos um lesionado e o outro rebentado!
Abraço