Gedson deu tudo pela reviravolta |
Bruno Lage fez apenas três alterações em relação à equipa que defrontou o Vitória de Setúbal, promovendo a titularidade de Jardel, Fejsa e Gedson. Jardel voltou a capitanear a equipa substituindo Ferro e Fejsa fez dupla com Samaris no centro do terreno. Gedson que já tinha sido titular no jogo da primeira mão voltou a jogar como segundo avançado e terceiro médio, remetendo João Félix para a ala esquerda.
Suplentes: Svilar, Ferro, Florentino, Salvio (72'), Cervi, Pizzi (70') e Jonas (79') |
Sempre em ritmo baixo
Esperava-se uma entrada com tudo por parte da equipa do Eintracht de forma a empolgar o seu público e condicionar o jogo do Benfica. Tal não aconteceu e o jogo foi decorrendo num ritmo que interessava ao Benfica dada a vantagem que levou do jogo da Luz. O Benfica conseguia manter o perigo longe da sua baliza, mas não conseguia manter a posse de bola de forma consistente.
Com o passar dos minutos e com alguns erros no início da construção por parte do Benfica os alemães tomaram conta do jogo e começaram a rondar com maior perigo a baliza de Odysseas. O Benfica praticamente não existia no último terço do terreno, muito por culpa de vários passes em profundidade que não encontravam o seu destinatário e por perdas em duelos individuais resultantes de alguma displicência. Ainda assim o tempo corria a favor do Benfica já que os visitados não criavam situações de verdadeiro perigo
Rafa muitos furos abaixo do habitual |
Maior ambição, o mesmo resultado
Sabendo que um golo do Eintracht os colocava em vantagem na eliminatória o Benfica entrou na segunda parte com outra ambição na procura do golo que voltasse a dar margem de erro. Logo a abrir João Félix trabalha bem sobre a esquerda e vê o defesa a quase fazer autogolo ao intercetar o cruzamento. De seguida é Seferovic a cabecear para as mãos do guarda-redes após grande passe de Samaris. Era um Benfica mais atrevido, muito pela ação de Gedson que ia esticando o jogo queimando linhas com facilidade.
Apesar da postura mais impositiva do Benfica foi o Eintracht que voltou a aproveitar um conjunto de hesitações à frente da área do Benfica para chegar ao segundo golo que os colocou em vantagem na eliminatória. Ainda antes que o Benfica esboçasse qualquer reação já os alemães estavam perto do terceiro num lance em que a bola esteve 20cm fora do campo antes do cruzamento, valendo a boa defesa de Odysseas. Após esse lance o Eintracht remeteu-se à sua defensiva e defendeu com unhas e dentes a vantagem que havia conquistado.
Este número 3 foi poupado à expulsão |
A derrota por 2-0 implicou a eliminação do Benfica pelo desempate nos golos marcados fora de casa. É mais uma competição perdida, mais um momento de tristeza. Resta a luta pela Liga NOS, onde a primeira das cinco finais é já na próxima segunda-feira frente ao Marítimo e não se exige menos do que uma vitória convincente.
Momento | Positivo | Negativo
Golo irregular: O fora de jogo no primeiro golo do Eintracht não precisa de VAR para nada. O jogador que faz o golo está claramente adiantado e o árbitro auxiliar está perfeitamente colocado para o assinalar. | |
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Gedson: O jovem médio fez uma boa exibição e demonstrou que está preparado para ter parte ativa nesta fase final da temporada. | |
Eliminação: Entre erros próprios e erros alheios perdeu-se a oportunidade de continuar a sonhar com a conquista de uma competição europeia. Ficou a sensação que se poderia ir mais longe. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Parece-me que existiram muitas hesitações dentro do clube sobre o grau de aposta nesta competição. Foi-se levando a água ao moinho mas sentia-se que nesta fase mais adiantada sem meter as fichas todas dificilmente se chegaria à vitória na competição.
- Não consigo criticar as opções tomadas pelo treinador. À posteriori é fácil dizer que Jardel ou Fejsa, por exemplo estão sem ritmo para jogos deste nível. No entanto são jogadores com muita experiência sempre importante nesta fase das competições. Com o ritmo adquirido na primeira mão esperava-se que apresentassem outro rendimento.
- O Bruno Lage usa a estratégia que todos os treinadores usam: não me vou desculpar com a arbitragem, mas... Já eu posso falar à vontade. A roubalheira ao Benfica nas competições europeias é jogo sim, jogo sim. Golo irregular, treinador expulso, quase golo irregular (a bola está 20cm fora antes do cruzamento), jogador por expulsar, etc, etc.
- Não precisam de dizer que devíamos fazer mais, blá, blá, blá. Eu sei disso tudo e estou convencido que o treinador e os jogadores também o sabem, mas que fomos eliminados por erros de arbitragem numa eliminatória equilibrada, fomos. Outros são eliminados por 6-1 e ninguém se poupa nas acusações às arbitragens.
Abraço