Uma semana após a deslocação à Ucrânia Benfica e Shakhtar Donetsk marcaram novo encontro, desta vez no Estádio da Luz, para a decisão sobre quem avança para os quartos-de-final. O jogo da primeira mão confirmou uns ucranianos com maior frescura física e psicológica que podiam ter resolvido a eliminatória em casa, mas o golo fora marcado pelo Benfica acabou por deixar tudo em aberto. Com o resultado da primeira mão seria necessário uma vitória por 1-0 ou por dois ou mais golos de diferença para assegurar a continuidade na prova. A vitória conseguida em Barcelos frente ao Gil Vicente, com o consequente fortalecer dos níveis de confiança, teria de ser o tónico essencial para levar de vencida a equipa de Luís Castro.
Bruno Lage promoveu algumas alterações no onze inicial relativamente à última partida disputada frente ao Gil Vicente. Taarabt voltou a jogar mais recuado deixando a posição de apoio ao avançado a cargo de Pizzi. Chiquinho entrou para a direita, sendo que desta rotação o sacrificado foi Samaris que foi para a bancada. A novidade mais sonante foi a estreia de Dyego Sousa a titular no centro do ataque.
Svilar, Nuno Tavares, Florentino, Cervi, Jota (79'), Seferovic (67') e Vinícius (79') |
Momento | Positivo | Negativo
Pós-golo: Destaco dois momentos que são os golos sofridos imediatamente após os nossos golos, principalmente o primeiro que deixou os ucranianos muito mais confortáveis. Falhas de concentração que não se compadecem com este nível. | |
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Dyego Sousa: Não sendo um fora-de-série deixou indicadores de que pode ser útil para o que falta de temporada. Apesar de se notar a falta de tempo de jogo ainda foi capaz de deixar boa imagem. | |
Falta de nível: Não há outra forma de o dizer. Este plantel tem demasiados desequilíbrios para estas andanças. Poderia dar para mais uma ou outra eliminatória com mais um bocado de sorte no sorteio ou em certos momentos dos jogos. |
Bitaites do terceiro anel:
- Globalmente a equipa até apresentou melhorias em relação ao passado mais recente. Acontece que apanhou pela frente um adversário que andava de mota enquanto nós continuamos de triciclo.
- O bom começo de jogo culminado com o bonito golo do Pizzi não teve tempo de causar mossa no Shakhtar já que igualou a partida logo de seguida. A equipa não quebrou e continuou em bom plano, mas ficou sempre a sensação que as acelerações dos ucranianos a qualquer momento poderiam dar fruto.
- O grande golo de Rafa que iria obrigar o Shakhtar a abrir-se mais, mudando o cariz do jogo, teve a mesma resposta que o do Pizzi. Mais uma vez o efeito da vantagem na eliminatória esvaziou-se ao fim de poucos minutos. Forte golpe do qual a equipa nunca mais se refez.
- Acabou cedo a aventura europeia desta temporada. Não sou propriamente dos que deprimem com as más campanhas nas provas da Europa, mas se o discurso oficial do clube vai no sentido da afirmação europeia, a prática tem que acompanhar o discurso apostando num plantel que dê garantias para tal.
- Restam as provas nacionais, o que não é nada pouco. Uma reta final do campeonato sempre no fio da navalha e uma final da Taça no Jamor são mais do que suficiente para manter todo o grupo de trabalho motivado.
- Não é que me interesse muito o "futebol português", mas quem manda no futebol português pode refletir um bocadinho no calendário deste mês de fevereiro e dos efeitos do mesmo nesta razia total das competições europeias.