O norte do país foi o palco da 20ª jornada da Liga NOS com o Benfica a deslocar-se à cidade do Porto para defrontar a equipa com o mesmo nome, segundo classificado do campeonato. Já há muitos anos que o Benfica não disputava este clássico com vantagem tão clara na classificação, mas numa fase ainda prematura da temporada a diferença está longe de ser definitiva. Apesar disso uma vitória do Benfica deixaria o campeonato bem encaminhado e permitiria uma maior concentração nas outras competições. Um empate deixaria tudo igual em termos pontuais, com a diferença de ficar para trás mais uma deslocação difícil e deixar um golpe na moral do adversário. A derrota, encurtaria a distância e dexaria o Porto mais moralizado, ainda assim o Benfica sairia do Dragão com uma margem superior à do ano passado e com um calendário teoricamente bem mais fácil do que o da temporada transata.
Foram poucas as alterações promovidas por Bruno Lage para esta partida sendo uma por lesão e outra por opção. A mais importante foi a ausência de Gabriel por lesão deixando o meio campo entregue a Weigl e Taarabt. A outra alteração acabou por ser algo surpreendente e passou pela titularidade de Chiquinho em detrimento de Cervi.
Zlobin, Tomás Tavares, Samaris (76'), Florentino, Seferovic (66'), Dyego Souza (84') e Cervi |
Momento | Positivo | Negativo
Penálti: O penálti que recolocou o Porto na frente do marcador tem muito que se lhe diga. Pelos vistos o próprio VAR andou a dizer em ações de formação que estes lances não são penálti. Além disso há uma clara mão nas costas de Ferro que parece que ninguém viu. | |
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Vinícius: Imperturbável perante um ambiente de guerrilha, voltou a mostrar eficácia na zona de finalização. | |
Nomeações: A nomeação de Artur Soares Dias e Tiago Martins para este jogo foi mais uma real afronta ao Benfica e aos Benfiquistas. Há todo um histórico de prejuízos ao Benfica e de benefícios ao Porto que não permitem outra leitura. |
Bitaites do terceiro anel:
- Uma derrota pela margem mínima num cenário digno de terceiro mundo desde a véspera do jogo, frente a um adversário turbinado, reforçado com duas estrelas como Artur Soares Dias e Tiago Martins, não é uma vitória moral, mas é algo com que consigo conviver com naturalidade.
- Bruno Lage já deu mais do que provas da capacidade que tem para reagir aos maus resultados e preparar a equipa para aquilo que interessa: o próximo treino, o próximo jogo. Venha daí mais uma grande série de vitórias.
- Colocar em causa a mentalidade e capacidade de lidar com a pressão de um conjunto de jogadores que ganhou 5 dos 6 últimos campeonatos, alguns deles com retas finais em que não havia qualquer margem de erro, é uma tremenda injustiça.
- Como escreveu num livro um dos paineleiros da nossa praça, bastava uma gotinha e ganhava todos os lances de cabeça ao gigante adversário. Junta-se a isso o amarelar três dos quatro jogadores da zona central do terreno a meio da primeira parte e está o cozinhado feito.
- Fomos perfeitos? Não, longe disso. Temos limitações? Sim, temos. Vamos reagir? Sim, vamos. Todos juntos vamos levar a equipa ao colinho até ao sucesso.
- Bruno Lage explicou o que se passou com Gabriel. Chegamos a um ponto em que se põe tudo e todos em causa sem o mínimo de reflexão. Inclusive muitos adeptos do Benfica que se deixam embalar pelo canto da sereia.
- Recuperar as forças, assentar as ideias e concentração total para o jogo com o Famalicão que é claramente o jogo mais importante que temos pela frente.