quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020


Benfica 3 - 3 Shakhtar: Não dá para mais!

Rúben Dias ainda igualou a eliminatória para o Benfica
Rúben Dias ainda igualou a eliminatória
Uma semana após a deslocação à Ucrânia Benfica e Shakhtar Donetsk marcaram novo encontro, desta vez no Estádio da Luz, para a decisão sobre quem avança para os quartos-de-final. O jogo da primeira mão confirmou uns ucranianos com maior frescura física e psicológica que podiam ter resolvido a eliminatória em casa, mas o golo fora marcado pelo Benfica acabou por deixar tudo em aberto. Com o resultado da primeira mão seria necessário uma vitória por 1-0 ou por dois ou mais golos de diferença para assegurar a continuidade na prova. A vitória conseguida em Barcelos frente ao Gil Vicente, com o consequente fortalecer dos níveis de confiança, teria de ser o tónico essencial para levar de vencida a equipa de Luís Castro.
Bruno Lage promoveu algumas alterações no onze inicial relativamente à última partida disputada frente ao Gil Vicente. Taarabt voltou a jogar mais recuado deixando a posição de apoio ao avançado a cargo de Pizzi.  Chiquinho entrou para a direita, sendo que desta rotação o sacrificado foi Samaris que foi para a bancada. A novidade mais sonante foi a estreia de Dyego Sousa a titular no centro do ataque.


Benfica vs Shakhtar - Liga Europa 2019/20
Svilar, Nuno Tavares, Florentino, Cervi, Jota (79'), Seferovic (67') e Vinícius (79')

Momento | Positivo | Negativo

O momento em que o Benfica nos escolhe
Pós-golo: Destaco dois momentos que são os golos sofridos imediatamente após os nossos golos, principalmente o primeiro que deixou os ucranianos muito mais confortáveis. Falhas de concentração que não se compadecem com este nível.
Prémio Pablo Aimar
Dyego Sousa: Não sendo um fora-de-série deixou indicadores de que pode ser útil para o que falta de temporada. Apesar de se notar a falta de tempo de jogo ainda foi capaz de deixar boa imagem.
Prémio Bruno Cortez
Falta de nível: Não há outra forma de o dizer. Este plantel tem demasiados desequilíbrios para estas andanças. Poderia dar para mais uma ou outra eliminatória com mais um bocado de sorte no sorteio ou em certos momentos dos jogos.

Dyego Sousa estreou-se a titular pelo Benfica
Dyego Sousa estreou-se a titular

Bitaites do terceiro anel:
  • Globalmente a equipa até apresentou melhorias em relação ao passado mais recente. Acontece que apanhou pela frente um adversário que andava de mota enquanto nós continuamos de triciclo.
  • O bom começo de jogo culminado com o bonito golo do Pizzi não teve tempo de causar mossa no Shakhtar já que igualou a partida logo de seguida. A equipa não quebrou e continuou em bom plano, mas ficou sempre a sensação que as acelerações dos ucranianos a qualquer momento poderiam dar fruto.
  • O grande golo de Rafa que iria obrigar o Shakhtar a abrir-se mais, mudando o cariz do jogo, teve a mesma resposta que o do Pizzi. Mais uma vez o efeito da vantagem na eliminatória esvaziou-se ao fim de poucos minutos. Forte golpe do qual a equipa nunca mais se refez.
  • Acabou cedo a aventura europeia desta temporada. Não sou propriamente dos que deprimem com as más campanhas nas provas da Europa, mas se o discurso oficial do clube vai no sentido da afirmação europeia, a prática tem que acompanhar o discurso apostando num plantel que dê garantias para tal.
  • Restam as provas nacionais, o que não é nada pouco. Uma reta final do campeonato sempre no fio da navalha e uma final da Taça no Jamor são mais do que suficiente para manter todo o grupo de trabalho motivado.
  • Não é que me interesse muito o "futebol português", mas quem manda no futebol português pode refletir um bocadinho no calendário deste mês de fevereiro e dos efeitos do mesmo nesta razia total das competições europeias.
Abraço

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