quarta-feira, 19 de setembro de 2018


Benfica 0 - 2 Bayern - Quem dá o que tem...

Benfica Jardel
Grande exibição do Capitão Jardel
Clássico europeu no Estádio da Luz para a estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões 2018/19 com o Benfica a receber os alemães do Bayern de Munique. O adversário não era o mais indicado para deixar para trás a péssima prestação da época transata. Ainda assim se o Benfica pretende fazer parte da elite do futebol europeu tem que encarar estes jogos com a tranquilidade das grandes equipas. Os adeptos disseram presente neste importante jogo de abertura da fase de grupos da Champions com a melhor casa da temporada até à data: mais de sessenta mil.
Rui Vitória voltou ao onze que tem sido mais habitual após as alterações efetuadas no jogo da Taça da Liga. Dessa forma Odysseas, Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa e Cervi voltaram aos eleitos substituindo Svilar, Conti, Yuri Ribeiro, Alfa Semedo e Rafa. Apesar de se apresentar fisicamente recuperado, Castillo continuou no banco, com Rui Vitória a manter a aposta em Seferovic.

Liga dos Campeões Benfica Bayern de Munique
Suplentes: Svilar, Conti, Alfa Semedo, Gabriel (62'), Zivkovic (75'), Rafa (62') e Castillo.

Sofrer, reagir e sobreviver

Como quase todos os primeiros jogos de qualquer competição, também este confronto entre Benfica e Bayern começou com muitas cautelas de parte a parte, com ambas as equipas a praticarem um jogo muito pausado e cauteloso. A primeira vez que se regista uma aceleração do jogo, com uma boa incursão pelo lado esquerdo do ataque alemão, Lewandowski tem um excelente trabalho dentro da área e inaugura o marcador.
O Benfica acusou muito o golo e nos minutos seguintes foi Odysseas por duas vezes a evitar o segundo golo do Bayern. Primeiro numa saída aos pés do avançado alemão e depois numa defesa segura a remate de fora da área. O apoio dos adeptos ajudou a equipa a sacudir a pressão adversária ultrapassando esta fase mais complicada. Uma recuperação de bola de Salvio em zona ofensiva seguida de remate com o pé esquerdo foi o primeiro sinal do inconformismo benfiquista.
Benfica Adeptos
Adeptos ampararam a equipa no momento mais difícil
Os jogadores do Benfica foram-se soltando e ganhando confiança conseguindo equilibrar o jogo que passou a repartir-se por ambos os meios campos. Por várias vezes a bola rondou a baliza do Bayern faltando algum acerto e objetividade no último passe. Mesmo assim o único lance de verdadeiro perigo para o Benfica resulta de um passe atrasado de Pizzi para Salvio que proporcionou ao guarda-redes adversário uma excelente defesa. Antes do intervalo Odysseas volta a brilhar com uma grande defesa a remate de Robben que manteve o jogo vivo.

Faltou o golo que incendiasse a Luz

O começo da segunda parte é uma fotocópia da primeira com o Bayern a chegar ao segundo golo num contra-ataque que leva a bola ao flanco esquerdo num movimento muito idêntico ao do primeiro golo que desta vez permitiu a Renato Sanches concretizar o segundo da noite. Ao contrário da primeira parte o Benfica não acusou o golo e reagiu quase de imediato com um bom remate de Seferovic rente ao poste.
Logo de seguida foi Rúben Dias a cabecear para uma excelente defesa de Manuel Neuer para canto. Na sequência do canto é Jardel a ganhar nas alturas mas o cabeceamento sai à figura do guarda-redes. Rui Vitória refresca a equipa com as entradas de Rafa e Gabriel e o Benfica mantém-se ligado ao jogo. Gedson tem um bom remate à meia volta já dentro da área e Gabriel imita Seferovic a rematar muito perto do poste esquerdo.
Benfica Renato Sanches
Aplaudir ou não, eis a questão
Já com Zivkovic em campo Rafa tem uma iniciativa pela esquerda e coloca a bola com conta peso e medida na cabeça do sérvio que não conseguiu dar a melhor sequência ao lance. O Benfica ia recuperando muitas bolas no meio campo adversário mas raramente conseguiu transformar essas recuperações em lances de perigo. O melhor que fez foi numa dessas recuperações Gabriel voltar a rematar junto ao poste. Não apareceu o desejado golo e consumou-se a derrota encarnada.
Não foi uma estreia positiva na Liga dos Campeões, mas dado o poderio do adversário e a forma como o jogo decorreu também não foi uma derrota desmoralizadora. Agora espera-se concentração total na receção ao Desportivo das Aves para a Liga NOS para voltar às vitórias e manter a liderança da liga.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Cabeceamento de Rúben Dias: Foi talvez a melhor oportunidade de golo do Benfica. Da forma como o jogo estava acredito que se aquela bola entra a equipa, embalada pelos adeptos, conseguiria evitar a derrota. 
Prémio Pablo Aimar
Jardel: Grande jogo do Capitão. Imperial em todos os momentos defensivos e ainda tentou o golo na área adversária. À Benfica quando foi meter o puto do Bayern na linha.
Prémio Bruno Cortez
Segundo golo: A este nível não se admite que uma bola saia de junto da bandeirola de canto da baliza adversária e só pare dentro da nossa baliza, com três jogadores a hesitar entre fazer falta sobre o adversário ou não. As faltas são para se fazer e os amarelos levam-se quando fizer falta.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Nestes jogos contra equipas deste poderio fica sempre a dúvida se estamos a conseguir dar luta ou se o adversário nos está a deixar jogar. Fica-me sempre a sensação que se precisarem, aceleram e resolvem.
  • A entrada do Gabriel deu para perceber que uma das pechas da equipa pode ser colmatada, o poder de fogo de fora da área.
  • Gostei do critério largo da arbitragem no aspeto técnico, mas não bateu certo com o rigor nos amarelos. Fejsa e Jardel foram amarelados à primeira e em faltas normalíssimas. O mesmo aconteceu com Hummels, o central alemão.
  • Aplausos ao Renato? Confesso que não concordo com os aplausos com o jogo a decorrer, mas respeito quem o fez. No final do jogo, sim, já me parece mais natural.

Abraço

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