Rafa faturou os dois golos do Benfica |
Após uma fase inicial da época em que apostou tudo na estabilidade do onze titular, Rui Vitória começa a alterar mais a equipa de jogo para jogo. Para este jogo registou-se o regresso de Cervi e Rafa à titularidade nas alas e a continuidade de Gabriel entre os titulares, após a estreia frente ao Aves. Seferovic, que foi decisivo na deslocação a Chaves da última época continua a merecer a confiança do treinador.
Suplentes: Svilar, Conti (16'), Samaris, Gedson (65'), Zivkovic, Jonas (80') e Castillo. |
Golo a abrir e incapacidade para controlar
Ainda as equipas se estavam a adaptar às condições do terreno e já o Benfica se adiantava no marcador. Excelente abertura de Seferovic para Cervi nas costas da defensiva flaviense, Cervi levanta a cabeça e centra com conta, peso e medida para a entrada fulgurante de Rafa que inaugura o marcador. Nada melhor do que começar a ganhar após as incidências pré jogo, que colocaram em causa a realização do mesmo.
Esperava-se que o golo trouxesse tranquilidade ao Benfica e de certa forma quebrasse o ritmo do Chaves, mas aconteceu exatamente o contrário, a equipa da casa apareceu mais empolgada perante um Benfica muito adormecido. O Chaves recuperava a bola com muita facilidade e rapidamente procurava a baliza benfiquista num futebol muito rápido e objetivo. Nesta fase do jogo valeu Odysseas que por duas vezes nega o golo aos transmontanos. Entre essas duas oportunidades Jardel teve que ser substituído por Conti devido a lesão muscular.
Esperemos que a braçadeira regresse rápido ao Guerreiro da Luz |
A meio da primeira parte Gabriel fica muito perto do segundo golo ao rematar ao poste da baliza flaviense. Este lance marca o início de um período de maior equilíbrio que se estende até ao intervalo, com muita disputa de parte a parte por cada bola dividida, mas pouco futebol. A registar um bom remate de Seferovic que desvia num defesa e quase trai o guarda-redes adversário e um bom remate do Chaves que passa rente ao poste esquerdo da baliza de Odysseas.
Sofrer, reagir e voltar a sofrer
A segunda parte do jogo apresentou um Benfica mais controlado e controlador, embora nunca tenha dado a sensação de de ser senhor do jogo. Pressentia-se que o Benfica estava mais perto do segundo golo do que o Chaves do empate e a confirmar essa sensação as duas primeiras grandes oportunidades são do Benfica. Seferovic desperdiça por duas vezes num curto espaço de tempo a oportunidade de fazer o golo da tranquilidade no frente a frente com o guarda-redes.
Diz o ditado que quem não mata morre e mais uma vez isso verificou-se. Livre a meio do meio campo com o jogador do Chaves a arrancar um excelente remate que Odysseas não conseguiu defender. Já com Jonas em campo o Benfica procura reagir e voltar à vantagem no marcador e aproxima-se com mais frequência da área adversária. A reação foi premiada com o golo de Rafa que após excelente passe de Rúben Dias não falhou na cara do guarda-redes. Desta vez foi o Chaves que teve que reagir ao golo sofrido e fê-lo com competência. Já com o Benfica reduzido a dez por expulsão de Conti o avançado dos flavienses arranca mais um excelente remate para fazer o golo do empate.
Estreia interessante do argentino Conti |
Não se retirando méritos à equipa do Chaves o Benfica deixou dois pontos em Trás-os-Montes que não deveria ter deixado. A tal história do ponto ganho ou dois perdidos apenas o futuro confirmará, só que no atual cenário do futebol português o Benfica não se pode dar ao luxo de desperdiçar pontos desta forma. Agora é focar na Liga dos Campeões e somar uma vitória que relance a equipa rumo à luta pelos oitavos de final.
Momento | Positivo | Negativo
Expulsão de Conti: Ficar a jogar com dez na fase em que o Chaves ia dar tudo para chegar ao golo do empate foi fatal. Principalmente porque Rui Vitória retirou Fejsa da frente da defesa. | |
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Rafa: Mais dois golos dando sinais de que o problema com as balizas vai ficando definitivamente para trás das costas. | |
Lesão de Jardel: Mais uma lesão num momento da época de exigência máxima. Esperemos que o Guerreiro regresse brevemente. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- Globalmente fizemos uma exibição pouco conseguida. Se queremos a tal reconquista de que se fala temos que elevar, e muito, os níveis exibicionais. Ninguém nos vai dar nada de mão beijada, nem tem que dar.
- Gostei da resposta de Conti a uma entrada em jogo num contexto difícil. Deixa boas sensações. Pena a "capelada" da ordem que já "rezava" por uma oportunidade como esta para meter a "cruz" no Benfica.
- Alguém me consegue explicar a barreira, ou falta dela, no primeiro golo do Chaves?!
- Se o senhor árbitro auxiliar assinala o fora-de-jogo no início da jogada se calhar o Jardel não se tinha lesionado. Estranhamente só assinalou quando a bola saiu do campo.
- Ainda bem que o João Félix não foi titular. Os pais só o deixam sair de casa até às 22h.
Abraço