domingo, 2 de setembro de 2018


Nacional 0 - 4 Benfica - Poker na Ilha!

Benfica Salvio
Salvio assinou um golo e uma assistência
O primeiro grande ciclo da temporada terminou com a sempre complicada deslocação à Madeira para defrontar o regressado Nacional na 4ª jornada da Liga NOS. Apesar das naturais dificuldades o Benfica tem trazido para a Luz os três pontos em disputa na esmagadora maioria das vezes. As deslocações ao Funchal são sempre marcadas por muitas manifestações de Benfiquismo, facto que se repetiu este fim de semana.
O treinador Rui Vitória foi mais uma vez fiel à opção que tomou neste início de temporada de não rodar a equipa, apresentando exatamente o mesmo onze que defrontou o PAOK na Grécia no playoff da Liga dos Campeões. Em relação ao onze tipo que iniciou a temporada regista-se apenas a continuidade na aposta em Seferovic em detrimento de Ferreyra.

Suplentes: Svilar, Conti, Alfa Semedo (30)', Zivkovic, Rafa (70'), João Félix (81') e Ferreyra.

Entrada de cordeiro, saída de leão

O Benfica apresentou-se a jogo de forma muito relaxada sem bola e desconcentrada com a mesma. Essa postura pouco agressiva foi permitindo que o Nacional conseguisse trocar a bola com relativa facilidade e, por seu lado, raramente foi capaz de ligar uma jogada na primeira fase de construção. Pizzi e Gedson sempre longe da zona de construção levavam os defesas à tentação do jogo direto que facilmente o adversário controlava.
Passados esses minutos iniciais os índices de agressividade e concentração foram subindo e rapidamente ficou demonstrada a diferença de valores entre ambas as equipas. A pressão mais alta do Benfica começou a pôr a nu as dificuldades do Nacional na construção de jogo. Foram várias as bolas recuperadas no último terço que tiveram o condão de provocar cada vez maior instabilidade nos madeirenses.
Benfica Seferovic
Seferovic de regresso aos golos e muito mais
Salvio deu o primeiro aviso com um forte remate rasteiro a rasar o poste da baliza adversária e logo de seguida volta a rematar para defesa do guarda-redes do Nacional. De seguida é Grimaldo que após combinação com Pizzi aparece muito bem na esquerda a servir Seferovic que chega um nadinha atrasado. Adivinhava-se o golo e tal não tardou, mais uma boa iniciativa de Salvio que após ludibriar o lateral lança de primeira em Seferovic que de pé esquerdo faz o primeiro da partida.
Após o golo Fejsa, lesionado, é substituído por Alfa Semedo no meio campo defensivo. O Benfica não levantou o pé e foi em busca do segundo golo. Cervi executa um livre direto junto ao ângulo da baliza do Nacional, Seferovic serve Salvio que chega ligeiramente atrasado, mas logo de seguida repete a assistência com conta, peso e medida e o argentino só teve que a colocar no fundo das redes. Resultado justo para o que se passou no relvado da Choupana.

Gerir o desgaste com bola no pé

O segundo golo antes intervalo permitiu ao Benfica uma gestão menos arriscada do resultado na segunda parte do jogo. Procurou gerir o resultado com posse de bola em vez da procura desenfreada pelo terceiro golo. Ainda assim Seferovic assinou um bom remate que o guarda-redes defendeu a dois tempos. Após este remate o jogo entra numa fase em que a bola raramente se aproximou das balizas.
O Nacional foi tendo cada vez mais bola perante um Benfica que foi recuando cada vez mais as suas linhas denotando alguma falta de frescura. A posse de bola do Nacional era estéril e só perto da hora do jogo faz o seu primeiro remate à baliza. Excelente Odysseas na primeira defesa que teve que fazer após sessenta minutos como mero espectador. Esta é característica de guarda-redes de equipa grande, que a confirme ao longo dos tempos.
Benfica Pizzi
Pizzi continua a assistir com mestria
No último quarto de hora o jogo fica mais partido o que permitiu que a qualidade individual dos jogadores do Benfica voltasse a aparecer no jogo. Um excelente passe de Pizzi permite a Grimaldo fazer o terceiro golo no frente a frente com o guarda-redes. Pizzi não quis terminar sem mais uma assistência e coloca a bola na frente de Rafa, que isolado faz um excelente chapéu ao guarda-redes.
O golo de Rafa deu expressão verdadeira ao resultado com a repetição dos quatro marcados ao PAOK. Foi um ciclo de jogos terrível, ultrapassado com distinção pela equipa. Agora vem a paragem para as seleções e é aproveitar para recuperar alguns dos lesionados e entrosar o reforço Gabriel.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Segundo golo: O golo de Salvio perto do intervalo colocou justiça no marcador e permitiu ao Benfica gerir o jogo na segunda parte, onde era expectável uma quebra física, com outra tranquilidade. 
Prémio Pablo Aimar
Salvio: É daquele tipo de jogadores que consegue dar um pontapé no marasmo que um jogo apresenta. Foi o caso deste jogo em que uma série de recuperações de bola e iniciativas ofensivas, alteraram o cariz do jogo. Uma assistência e um golo deram ainda outro colorido à boa exibição.
Prémio Bruno Cortez
Proibição de adereços do Benfica: Esta ideia peregrina de proibir adereços do Benfica em determinadas bancadas merecia uma resposta à altura por parte do Benfica e dos Benfiquistas. Embora muitos possam discordar, acho que os Benfiquistas deviam deixar essas bancadas cheias de moscas.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • A quantidade de bolas que o Gedson recupera no meio campo adversário é algo de pornográfico. Esperemos que não lhe comecem a marcar faltas por tudo e por nada nesses momentos.
  • À imagem do jogo no Dragão na semana passada, também neste houve quebra de comunicações com o VAR, ou pelo menos pareceu!
  • Já vi campos para o gado pastar com a relva mais curta do que o relvado da Choupana. Estes expedientes bacocos já deviam estar erradicados do nosso futebol há muito anos.
  • Alfa Semedo faz-se, mas neste momento comparar o Alfa com o Fejsa é como comparar o obra-prima do mestre com a prima do mestre de obras.

Abraço

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