Salvio assinou um golo e uma assistência |
O treinador Rui Vitória foi mais uma vez fiel à opção que tomou neste início de temporada de não rodar a equipa, apresentando exatamente o mesmo onze que defrontou o PAOK na Grécia no playoff da Liga dos Campeões. Em relação ao onze tipo que iniciou a temporada regista-se apenas a continuidade na aposta em Seferovic em detrimento de Ferreyra.
Suplentes: Svilar, Conti, Alfa Semedo (30)', Zivkovic, Rafa (70'), João Félix (81') e Ferreyra. |
Entrada de cordeiro, saída de leão
O Benfica apresentou-se a jogo de forma muito relaxada sem bola e desconcentrada com a mesma. Essa postura pouco agressiva foi permitindo que o Nacional conseguisse trocar a bola com relativa facilidade e, por seu lado, raramente foi capaz de ligar uma jogada na primeira fase de construção. Pizzi e Gedson sempre longe da zona de construção levavam os defesas à tentação do jogo direto que facilmente o adversário controlava.
Passados esses minutos iniciais os índices de agressividade e concentração foram subindo e rapidamente ficou demonstrada a diferença de valores entre ambas as equipas. A pressão mais alta do Benfica começou a pôr a nu as dificuldades do Nacional na construção de jogo. Foram várias as bolas recuperadas no último terço que tiveram o condão de provocar cada vez maior instabilidade nos madeirenses.
Seferovic de regresso aos golos e muito mais |
Salvio deu o primeiro aviso com um forte remate rasteiro a rasar o poste da baliza adversária e logo de seguida volta a rematar para defesa do guarda-redes do Nacional. De seguida é Grimaldo que após combinação com Pizzi aparece muito bem na esquerda a servir Seferovic que chega um nadinha atrasado. Adivinhava-se o golo e tal não tardou, mais uma boa iniciativa de Salvio que após ludibriar o lateral lança de primeira em Seferovic que de pé esquerdo faz o primeiro da partida.
Após o golo Fejsa, lesionado, é substituído por Alfa Semedo no meio campo defensivo. O Benfica não levantou o pé e foi em busca do segundo golo. Cervi executa um livre direto junto ao ângulo da baliza do Nacional, Seferovic serve Salvio que chega ligeiramente atrasado, mas logo de seguida repete a assistência com conta, peso e medida e o argentino só teve que a colocar no fundo das redes. Resultado justo para o que se passou no relvado da Choupana.
Gerir o desgaste com bola no pé
O segundo golo antes intervalo permitiu ao Benfica uma gestão menos arriscada do resultado na segunda parte do jogo. Procurou gerir o resultado com posse de bola em vez da procura desenfreada pelo terceiro golo. Ainda assim Seferovic assinou um bom remate que o guarda-redes defendeu a dois tempos. Após este remate o jogo entra numa fase em que a bola raramente se aproximou das balizas.
O Nacional foi tendo cada vez mais bola perante um Benfica que foi recuando cada vez mais as suas linhas denotando alguma falta de frescura. A posse de bola do Nacional era estéril e só perto da hora do jogo faz o seu primeiro remate à baliza. Excelente Odysseas na primeira defesa que teve que fazer após sessenta minutos como mero espectador. Esta é característica de guarda-redes de equipa grande, que a confirme ao longo dos tempos.
Pizzi continua a assistir com mestria |
No último quarto de hora o jogo fica mais partido o que permitiu que a qualidade individual dos jogadores do Benfica voltasse a aparecer no jogo. Um excelente passe de Pizzi permite a Grimaldo fazer o terceiro golo no frente a frente com o guarda-redes. Pizzi não quis terminar sem mais uma assistência e coloca a bola na frente de Rafa, que isolado faz um excelente chapéu ao guarda-redes.
O golo de Rafa deu expressão verdadeira ao resultado com a repetição dos quatro marcados ao PAOK. Foi um ciclo de jogos terrível, ultrapassado com distinção pela equipa. Agora vem a paragem para as seleções e é aproveitar para recuperar alguns dos lesionados e entrosar o reforço Gabriel.
Momento | Positivo | Negativo
Segundo golo: O golo de Salvio perto do intervalo colocou justiça no marcador e permitiu ao Benfica gerir o jogo na segunda parte, onde era expectável uma quebra física, com outra tranquilidade. | |
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Salvio: É daquele tipo de jogadores que consegue dar um pontapé no marasmo que um jogo apresenta. Foi o caso deste jogo em que uma série de recuperações de bola e iniciativas ofensivas, alteraram o cariz do jogo. Uma assistência e um golo deram ainda outro colorido à boa exibição. | |
Proibição de adereços do Benfica: Esta ideia peregrina de proibir adereços do Benfica em determinadas bancadas merecia uma resposta à altura por parte do Benfica e dos Benfiquistas. Embora muitos possam discordar, acho que os Benfiquistas deviam deixar essas bancadas cheias de moscas. |
Aqui que ninguém nos ouve:
- A quantidade de bolas que o Gedson recupera no meio campo adversário é algo de pornográfico. Esperemos que não lhe comecem a marcar faltas por tudo e por nada nesses momentos.
- À imagem do jogo no Dragão na semana passada, também neste houve quebra de comunicações com o VAR, ou pelo menos pareceu!
- Já vi campos para o gado pastar com a relva mais curta do que o relvado da Choupana. Estes expedientes bacocos já deviam estar erradicados do nosso futebol há muito anos.
- Alfa Semedo faz-se, mas neste momento comparar o Alfa com o Fejsa é como comparar o obra-prima do mestre com a prima do mestre de obras.
Abraço