terça-feira, 29 de janeiro de 2019


Benfica 5 - 1 Boavista: Chuva de golos!

Benfica Pizzi e João Félix
A esperança continua a crescer
Vinte e três dias após a receção ao Rio Ave, o Benfica regressou finalmente ao Estádio da Luz para defrontar o Boavista na 19ª jornada da Liga NOS 2018/19. A polémica eliminação na meia-final da Taça da Liga permitiu que Bruno Lage tivesse finalmente uns dias de intervalo entre jogos para poder treinar em pleno com a equipa. O jogo surge na antecâmera de dois clássicos frente ao eterno rival, mas a tabela classificativa não permite qualquer tipo de gestão que não seja meter toda a carne no assador a cada jogo.
O treinador do Benfica continuou sem poder contar com os lesionados Fejsa e Jonas, enquanto Castillo por motivos relacionados com a sua possível saída, também não estive à disposição do treinador. Bruno Lage voltou a dar a titularidade a Odysseas na baliza, após Svilar ter defendido no jogo da Taça da Liga. A grande novidade na convocatória foi o médio da equipa B, Florentino Luís, embora tenha acabado por ir para a bancada. No banco estreou-se o guarda-redes Zlobin que foi promovido à equipa principal após a saída de Bruno Varela.

Benfica vs Boavista - Liga NOS 2018/19
Suplentes: Zlobin, Conti, Gedson (82'), Salvio, Cervi, Zivkovic (61') e Ferreyra (76').

Fome de bola

O jogo começou com o Benfica em busca do golo, mas foi do Boavista a primeira grande oportunidade. Foi Gabriel a assistir verdadeiramente o jogador adversário, mas felizmente perante a boa mancha de Odysseas este atirou ao poste. Não marcaram os visitantes, marcou o Benfica logo na resposta, com João Félix a finalizar de cabeça ao segundo poste um livre marcado por Pizzi sobre a direita. O Benfica pressionava muito alto e raramente permitia ao Boavista manter a posse de bola por muito tempo.
Benfica João Félix
João Félix nas alturas a abrir o marcador
O jogo era de sentido único e as oportunidades de golo sucediam-se. Seferovic falha o frente a frente com o guarda-redes, Jardel cabeceia para defesa segura do mesmo guarda-redes e Rúben Dias cabeceia com estrondo à barra da baliza do Boavista. Adivinhava-se o golo e surgiu na sequência de mais um cara a cara de Seferovic com o guarda-redes, mas desta vez a bola sobrou para Pizzi que concluí com tranquilidade. Golo justificado pelo volume de jogo dos encarnados, dando justiça ao marcador.
O Benfica não levantou o pé após o segundo golo e continuava dominador, mas foi o Boavista que chegou ao golo antes do intervalo. Seferovic, sempre com muita disponibilidade para o trabalho defensivo, acaba por ceder pontapé de canto na sequência do qual surge o golo dos visitantes. Alguma lentidão na saída após a marcação do canto permitiu que o jogador do Boavista estivesse em jogo no momento do remate.

Controlar a reação e matar o jogo

O Boavista reentrou na partida moralizado pelo golo ao cair do pano da primeira parte conseguindo ter bola e aproximar-se da área do Benfica, sendo mesmo a primeira equipa a rematar enquadrado com a baliza nesta segunda parte. Este esticar do jogo por parte dos boavisteiros abriu espaços que o Benfica aproveitou com eficácia, através de um contra-ataque que encontrou João Félix sobre a direita com este a cruzar com conta peso e medida para a finalização certeira de Seferovic. Este golo foi um balde de água fria para o Boavista que nunca mais se encontrou.
Benfica Rafa
Excelente abertura de trivela na base do segundo golo
O jogo voltou ao cariz da primeira parte com o Benfica a impor o seu futebol dominador e criativo que fazia antever que mais golos iriam aparecer. Apareceram em dose dupla, primeiro com o bis de Seferovic na recarga a um remate de Pizzi e depois com o golo da noite num remate de Grimaldo que entrou onde a coruja faz o ninho. Perto do final o Boavista teve a oportunidade de repetir a gracinha da primeira parte, mas Odysseas defende o penálti com uma grande defesa.
Vitória robusta, numa exibição sólida da equipa, com momentos de algum brilhantismo. Apesar da vitória folgada exige-se os pés bem assentes no chão, até porque o adversário desta noite está muito longe dos seus melhores momentos. Segue-se a visita ao outro lado da segunda circular para defrontar o Sporting num jogo onde mais uma vez só a vitória serve. Venham de lá os três pontos.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Assistência de João Félix: Pelo timing perfeito, pela precisão milimétrica, mas principalmente porque acabou com as esperanças de um Boavista que havia regressado do balneário com a moral reforçada pelo golo antes do intervalo. 
Prémio Pablo Aimar
Pressão alta: A forma como a equipa reage ao momento da perda de bola tem marcado este novo Benfica. A colocação de mais jogadores na zona da bola tem permitido maior eficácia nesse momento do jogo.
Prémio Bruno Cortez
Liga de clubes: Depois das declarações inenarráveis após a meia-final da Taça da Liga de um presidente que tem a cabeça enfiada na areia, a marcação do jogo para as 19h de uma terça-feira é mais um contributo para que o futebol seja uma festa.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Embora com o custo muito elevado que foi o afastamento da equipa da final da Taça da Liga, percebeu-se que este período mais prolongado sem competição foi muito bem recebido por todo o grupo de trabalho. 
  • Há quem goste do nervosismo provocado pela incerteza no resultado. Cá por mim pode ser sempre assim tranquilo. Até dispensava bem aquele golo do Boavista.
  • Ver os comentadeiros todos preocupados com a resposta do Bruno Lage a um projeto de jornalista deixou-me descansado. Já estava a ficar preocupado com a ausência de críticas ao nosso treinador.
  • Ok Grimaldo, grande golo e tal, mas que tal deixares esses momentos para os grandes jogos de forma a que possa correr mundo.

Abraço

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