sexta-feira, 18 de janeiro de 2019


Guimarães 0 - 1 Benfica: Contornar o Castelo II

Benfica festejo do golo
A festa do golo
Três dias após a vitória frente ao Guimarães para a Taça de Portugal, o Benfica regressou ao Estádio D. Afonso Henriques para defrontar novamente o Vitória local na abertura da segunda volta da Liga NOS 2018/19. Os três pontos em disputa em cada jogo do Benfica serão sempre de primordial importância para manter vivas as esperanças da ida ao Marquês no próximo mês de maio. Mesmo naquele que é considerado um dos estádios onde o público caseiro é mais fiel, os adeptos benfiquistas não deixaram de comparecer no apoio à equipa.
Bruno Lage procedeu a várias alterações ao onze apresentado na última terça-feira frente a este mesmo adversário, duas por obrigação e três por opção. Rúben Dias, castigado, foi rendido por Conti e o lesionado Fejsa viu o lugar que deixou vago ser ocupado por Samaris. Já por opção de Bruno Lage, Svilar, Zivkovic e Seferovic deram lugar a Odysseas, Cervi e Castillo, respetivamente.

Guimarães vs Benfica - Liga NOS 2018/19
Suplentes: Svilar, Alfa Semedo, Gedson (92'), Zivkovic, Salvio, Rafa (62') e Seferovic (70').

Excesso de respeito

Início de jogo com as equipas mais preocupadas em não perder do que em ganhar o jogo, apresentando-se ambas muito compactas sem bola e com pouca elasticidade com ela. Já se notam algumas melhorias no Benfica em termos de posicionamento defensivo com as coberturas e apoios devidamente efetuados. Também a saída de bola tem sido mais efetiva principalmente devido ao aumento de linhas de passe que são proporcionadas ao portador da bola.
Benfica Gabriel
Mais uma exibição "à patrão"
Numa primeira parte de tanto respeito foram poucas as oportunidades de golo para ambas as equipas. O Benfica tem uma incursão de André Almeida com cruzamento para a entrada da área que proporcionou o remate a João Félix para defesa fácil do guarda-redes. O segundo remate surge numa recuperação de bola no meio campo do Vitória com Pizzi a tentar surpreender no remate quando podia ter temporizado e servido Castillo que surgiu no apoio. A maior oportunidade resulta de um remate falhado de Cervi que deixa a bola à disposição de Castillo, mas este acerta num defesa contrário.
Os locais reservaram os momentos de perigo para os últimos minutos da primeira parte. Tozé proporciona defesa vistosa a Odysseas com um remate de ressaca de fora da área. Mesmo no final é Guedes que surge isolado na área benfiquista, mas permite a defesa a Odysseas. Esperava-se mais ambição por parte do Benfica para a segunda parte.

A felicidade também se merece

A segunda parte do jogo não trouxe as mudanças esperadas continuando o pragmatismo a ser nota dominante. O Benfica não conseguia impor supremacia sobre o adversário, sendo mesmo o Vitória a equipa que mais ia fazendo para tentar ganhar o jogo. Apesar da pouca inspiração em termos ofensivos a equipa apresentou sempre um equilíbrio defensivo que mantinha a baliza de Odysseas longe do perigo.
Benfica Castillo
Apesar das circunstâncias espera-se mais de Castillo
Quando não se sofre golos está-se sempre mais perto de vencer, principalmente quando há qualidade para num lance de inspiração resolver o jogo. Não foi num lance de inspiração individual mas foi dum lance de inspiração coletiva que nasceu o golo do Benfica. Lance que começa na esquerda, chega aos pés de Gabriel que descobre André Almeida liberto na ala contrária e este cruza de primeira para a finalização segura de Seferovic. Atenção que este tipo de inspiração resulta de muito trabalho. Estava feito o golo que desatou um nó que se apresentava muito difícil de desapertar.
Até final o Benfica continuou seguro defensivamente e, apesar do esforço da terceira equipa em campo para que tal não acontecesse, segurou a vantagem até ao apito final. Após a Taça de Portugal e a Liga NOS, vem a Taça da Liga já na próxima terça-feira. O adversário é o Porto e o objetivo não pode ser outro que não seja chegar à final.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Golo de Seferovic: Num jogo tão fechado o golo do Benfica que permitiu a conquista de três pontos tão importantes tem que se o momento da partida. Muito bem Gabriel no passe a rasgar e o cruzamento de primeira de André Almeida. Bem Seferovic na leitura do lance e na frieza na finalização. 
Prémio Pablo Aimar
Gabriel: Repetiu a grande exibição do jogo da Taça de Portugal. Incontáveis as recuperações de bola, importantíssimo na primeira fase de construção e, cereja no topo do bolo, o passe de rutura para André Almeida no lance do golo do Benfica.
Prémio Bruno Cortez
Castillo: A falta de continuidade é sempre um óbice ao bom rendimento de qualquer jogador. Apesar disso Castillo poderia tirar mais proveito da oportunidade. A rever.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Gostava que o Benfica tivesse sido mais dinâmico, mais agressivo, mas dado o contexto compreendo perfeitamente a exibição da equipa. São muitos jogos, poucos treinos, o recuperar de jogadores que pouco tinham jogado esta época e pouco ritmo de jogo têm. Apesar disso nota-se perfeitamente que a equipa começa a ser uma Equipa e isso deixa esperança para o futuro. Pena que o calendário não dê tréguas.
  • Quando logo aos seis minutos, num momento em que Odysseas demorou mais um pouco a bater o pontapé de baliza o Sr. Tiago Martins deu um pique para repreender, ficou logo apresentado. Valeu que o Odysseas bateu a bola nesse exato momento.
  • O mesmo Tiago Martins tem um bom corte de carrinho num lance em que João Félix se isola nas costas de defesa vitoriana, não fosse ele fazer golo. Logo de seguida foi o seu árbitro auxiliar que faz um corte in extremis sobre Cervi quando este se isolou e se preparava para fazer golo. O protocolo do VAR diz que é para deixar seguir, mas é melhor cortar logo o mal pela raiz.
  •  E a agressão dupla (como o nome) do André André que resultou num amarelo para ele e outro para o André Almeida!? E os cinco minutos de desconto!? Mais um com quem vamos ter que levar por muitos anos!

Abraço

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