terça-feira, 15 de janeiro de 2019


Guimarães 0 - 1 Benfica: Contornar o Castelo

Benfica João Félix
João Félix marcou o golo que permitiu seguir em frente
Os quartos-de-final da Taça de Portugal 2018/19 levaram a equipa do Benfica a Guimarães para defrontar o Vitória local num jogo sempre complicado para os encarnados. A presença no Jamor, onde se disputa o último encontro da temporada, é sempre um dos objetivos traçados no início da época. Bruno Lage tinha neste jogo o primeiro grande teste após ver confirmada a sua continuidade como treinador do Benfica.
Esperavam-se várias alterações para este jogo, mas Bruno Lage procedeu apenas a uma alteração em relação ao jogo com o Santa Clara. Svilar foi a novidade substituindo Odysseas Vlachodimos na defesa das redes encarnadas. No restante onze manteve-se Gabriel no centro do terreno junto a Fejsa e Pizzi a jogar sobre a direita do meio campo.

Guimarães vs Benfica - Taça de Portugal
Suplentes: Odysseas, Samaris (46'), Gedson (85'), Krovinovic, Cervi, Salvio (60') e Castillo.

Ambição e personalidade

Assistimos a uma entrada em jogo segure e personalizada por parte do Benfica, com uma pressão alta que não permitiu grandes veleidades ao Vitória. A equipa apresentava-se com as linhas muito juntas, colocando muitos jogadores na zona da bola e isso permitia por um lado que a pressão na recuperação tivesse resultados, e por outro, que a circulação fosse segura e para a frente. Um remate de Zivkovic logo a abrir foi um sinal da ambição benfiquista.
Benfica Rúben Dias
Rúben Dias assistiu João Félix para o golo
Perto do primeiro quarto de hora João Félix sofre uma falta perto da área, mas na conversão Grimaldo remata ao lado da baliza. Este lance foi a antecâmara do golo do Benfica: passe de Rúben Dias para as costas de defensiva vitoriana, com João Félix a receber de pé esquerdo e a concluir de primeira com a bola a entrar junto ao poste da baliza do Vitória.
À medida que o jogo ia decorrendo o Benfica foi falhando alguns passes fáceis, alguns deles por culpa dos jogadores mais avançados que muito passivos deixavam-se antecipar pelos adversários diretos. Também no transporte de bola foram-se permitindo recuperações ao adversário em situações que apanharam a equipa descompensada. Foi desta forma que o Guimarães foi crescendo e começou a criar mais dificuldades, embora sem reais situações de perigo.

Conformismo e sofrimento

A segunda parte apresentou-nos um jogo morno com o Benfica a procurar manter o ritmo baixo e o Vitória adormecido. Uma posse de bola mais segura ia permitindo à equipa defender com bola e manter o adversário longe da sua baliza. O Guimarães apresentava-se incapaz de dar a volta aos acontecimentos e esta situação manteve-se ao longo de metade da segunda parte.
Benfica Samaris
Samaris ainda pode ser muito útil ao Benfica
A meio da segunda parte um remate de Davidson foi primeiro lance de perigo real, e bem vistas as coisas também o último, e mudou o cariz da partida. O público da casa empolgou-se e empurrou a equipa para cima do Benfica até ao apito final. O Benfica era incapaz de manter a posse de bola demonstrando alguma intranquilidade logo na primeira fase de construção o que permitia ao Vitória apresentar um volume de jogo elevado, mas sem criar qualquer perigo para a baliza de Svilar.
Boa vitória perante um adversário forte, ficando o Benfica à espera do adversário para a meia-final, último obstáculo até ao Jamor. Na próxima sexta-feira a equipa volta a defrontar o Vitória de Guimarães, desta vez para a Liga NOS. Será mais uma final rumo à recuperação.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Golo: O golo de João Félix permitiu à equipa seguir para as meias-finais da Taça de Portugal. Num jogo de poucas oportunidades foi importante a habitual boa relação com o golo do craque benfiquista. 
Prémio Pablo Aimar
Gabriel: Grande jogo do brasileiro no meio campo do Benfica. Bem no controlo da bola, nas variações rápidas do centro do jogo, no apoio à pressão alta, nas recuperações de bola e no jogo aéreo defensivo. Falta-lhe começar a aplicar a sua boa meia distância.
Prémio Bruno Cortez
Zivkovic: Tem estado por aqui no "positivo" mesmo quando falha muitos passes porque arrisca mais do que os outros. Hoje esteve complicativo procurando sempre adornar os lances em demasia e metendo-se por vezes em autênticas cabines telefónicas. Há dias assim.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Nota-se outra cara nos jogadores, nota-se outra crença. A qualidade de jogo ainda não está lá, mas pressente-se que podemos lá chegar. Pena que se tenha deixado a alteração do comando técnico para uma fase em que se joga de três em três dias.
  • Este jogo marcou o início de um ciclo terrível e decisivo para as três competições nacionais. Na primeira já está garantida a meia-final, nas outras, passo a passo...
  • Muito bem o Hugo Macron a amarelar os jogadores do Benfica por demora na reposição da bola. Já o vi a apitar muitas vezes o Benfica e nunca o vi tão preocupado com o antijogo dos nossos adversários. Há dias assim.
  • Aquela questão ao Bruno Lage sobre os ordenados na conferência de imprensa devia dar direito a banho de alcatrão e penas.

Abraço

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