quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019


Benfica 2 - 1 Sporting: Caça ao Félix

Benfica festejos de Gabriel
Gabriel abriu o ativo na Luz
Após a robusta vitória em Alvalade para Liga NOS foi a vez do Benfica receber o Sporting, mas desta vez em jogo a contar para a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Não há dois jogos iguais, pelo que o resultado do jogo anterior não conta para o desfecho deste novo confronto. O entusiasmo que se vive atualmente no Benfica encheu as bancadas do Estádio da Luz de vermelho, realçando a comunhão que se vive entre equipa e adeptos.
Bruno Lage apresentou duas alterações relativamente ao jogo do último domingo. Svilar, que tem atuado nas taças, substituiu Odysseas e Salvio entrou para a vaga deixada por Rafa, fazendo com que Pizzi atuasse sobre a ala esquerda. No banco ficaram quatro jogadores da formação do clube, sendo que Florentino Luís foi para a bancada.

Benfica vs Sporting - Taça de Portugal 2018/19
Suplentes: Zlobin, Ferro (38'), Gedson, Krovinovic, Cervi (79'), Rafa (61') e Jota.

Transições venenosas

Foi um Sporting muito agressivo que se apresentou na Luz para defrontar o Benfica tanto nas disputas de bola como no reclamar com o árbitro. João Félix era o alvo desde o início da partida sofrendo duas entradas perigosas ainda não estavam decorridos cinco minutos de jogo. Nem o amarelo mostrado pelo árbitro na segunda dessas entradas retirou o ímpeto sempre que Félix recebia a bola.
O Benfica entrou em campo com o bloco mais baixo do que tem sido habitual contando com um Sporting a jogar em contra-ataque, deixando-os trocar a bola em zonas inofensivas. Por seu lado sempre que o Benfica recuperava a bola transformava esses lances em transições rápidas sempre perigosas para o adversário. Num desses lances desenvolve uma boa jogada pela direita com Salvio a servir Gabriel à entrada da área, mas este não acertou bem na bola.
Benfica estreia de Ferro
Ferro estreou-se num jogo grande
Num lance iniciado por Félix, Seferovic remata forte, mas a bola desvia num defesa e sai rente ao poste para canto. Gabriel falhou à primeira mas não desperdiçou à segunda, com um potente remate após passe adocicado de Pizzi. Estava aberto o marcador numa fase em que só o Benfica criava perigo.
Na fase final da primeira parte Jardel teve de ser substituído presumivelmente por lesão muscular, tendo entrado o jovem Ferro para o seu lugar, numa estreia absoluta na equipa principal. O jogo prolongou-se até ao intervalo sem grandes motivos de interesse. Registo apenas para o susto provocado por João Félix ao queixar-se do tornozelo, mas não passou disso mesmo.

Ir com muita sede ao pote

O Benfica entrou para a segunda parte com a matriz que tem apresentado nos últimos jogos, com uma forte pressão alta que não deixava o Sporting respirar. Numa dessas recuperações de bola em zona ofensiva Salvio tem tudo para servir um colega na direita mas opta pelo remate. Depois é Rúben Dias a cabecear já dentro da pequena área, mas não conseguiu desviar do guarda-redes. Adivinhava-se o golo do Benfica.
Adivinhava-se, e apareceu, com Pizzi a lançar Seferovic na esquerda e este a cruzar tenso ao segundo poste onde aparece João Félix a cruzar forte e rasteiro, com um defesa do Sporting a introduzir a bola na sua própria baliza. Logo de seguida mais uma assistência de Seferovic coloca Grimaldo em boa posição para marcar, mas este atira ao lado.
Seferovic esteve sempre acutilante
No último quarto de hora houve mais Sporting, mais fresco, que começou a estar mais perto do golo e acabou mesmo por marcar num livre direto onde Svilar poderia ter feito mais qualquer coisa. O Benfica sentiu de certa forma o golo, mas acaba o jogo com mais uma jogada de perigo que culmina numa falta que pareceu terminar dentro da área mas o árbitro marca fora. Do livre não resultou perigo e o jogo termina de seguida.
Vitória pela margem mínima frente a um adversário que se apresentou com muita vontade de dar outra imagem relativamente ao último jogo. Faltou alguma frieza para conservar o 2-0 e acabou por se sofrer um golo em casa que era bem dispensável. As particularidades do futebol português fazem com que a segunda mão só se jogue daqui por dois meses. Agora vem o Nacional no estádio da Luz num jogo que deve ser encarado com toda a seriedade.


Momento | Positivo | Negativo


O momento em que o Benfica nos escolhe
Falhanço de Grimaldo: Tinha tudo para fazer o terceiro e arrumar definitivamente com o jogo e com a eliminatória. Tentou converter de primeira e não foi feliz. 
Prémio Pablo Aimar
Gabriel: O seu trabalho, quer defensivo, quer ofensivo, tem sido determinante no bom momento da equipa. O corte já na fase final dentro da pequena área é demonstrativo da atitude que tem colocado em campo.
Prémio Bruno Cortez
Lesão de Jardel: Esperemos que a lesão não seja complicada. É uma posição que devia ter sido reforçada atempadamente, pelo que cada baixa neste sector é sempre preocupante.


Aqui que ninguém nos ouve:
  • Notou-se nos últimos minutos o cansaço acumulado por muitos dos jogadores do Benfica. É altura de proceder a alguma rotação na equipa. Por falar em rotação, não sou nada apologista da rotação dos guarda-redes nas taças. Nos guarda-redes o cansaço pouco se sente, pelo que acho que deve jogar sempre o melhor.
  • Mister, se queria defender com bola não me parece que a entrada do Cervi seja o mais indicado. Nem pelas suas características nem pela mensagem passada para a equipa. A posse de bola não é um dos pontos fortes do Gedson?
  • O árbitro Luís Godinho mandou seguir o jogo em todos os toques pelas costas. Nada de anormal não tivesse sido ele como VAR a marcar a falta que invalidou o segundo golo do Braga frente ao Sporting e lhes ofereceu a Taça da Liga.
  • O árbitro Luís Godinho que ignorou provocatoriamente várias faltas sobre o João Félix conseguiu ver uma falta do Cervi sobre o jogador do Sporting no lance que acaba em golo. Essa e muitas outras que acabaram por equilibrar o jogo a meio campo.

Abraço

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