O início da segunda volta da Liga NOS marcou o regresso do Benfica ao norte para defrontar a equipa do Paços de Ferreira no estádio Capital do Móvel. Os pacenses estão atualmente na parte baixa da tabela, mas têm vindo a recuperar desde a chegada de Pepa e reforçaram-se com bons valores neste mercado de inverno. Após uma jornada em que o Benfica alargou a distância para o segundo classificado, mesmo tendo jogado a casa do velho rival, exigia-se foco total para ultrapassar um adversário que tradicionalmente cria dificuldades no seu terreno.
Bruno Lage apostou mais uma vez na continuidade apresentando praticamente a mesma equipa que venceu em Alvalade. A única alteração foi a entrada de Rafa para o lugar de Chiquinho que tem atravessado uma fase de menor fulgor. Registo para a continuidade da dupla formada por Weigl e Gabriel no centro o meio campo.
Zlobin, Tomás Tavares, Jardel, Taarabt (76'), Jota (89'), Chiquinho e Seferovic (80') |
Momento | Positivo | Negativo
Minuto 24: Odysseas a negar o golo ao Paços com uma grande defesa para canto. Se os castores se adiantam no marcador o jogo tornava-se ainda mais complicado. | |
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Weigl: O alemão já parece que esta cá há muitos anos. Autêntico farol no meio campo benfiquista, sempre a dar a linha de passe que a equipa precisa. Começa a soltar-se mais em termos ofensivos, como no passe para o golo invalidado a Vinícius. | |
Árbitros do Porto: Já por várias vezes brinquei aqui com a quantidade inenarrável de nomeações de árbitros desta associação para jogos do Benfica. Já não é caso para brincadeiras, já é uma afronta deliberada e alguém tem que pôr um travão a esta roda livre. |
Bitaites do terceiro anel:
- Excelente primeira parte do Benfica em Paços de Ferreira que merecia um resultado mais confortável ao intervalo. A equipa apresenta uma maturidade e um controlo emocional que somada à qualidade dos intérpretes faz acreditar que a qualquer momento o golo pode aparecer. Apareceu já perto do intervalo, mas muito por mérito do guarda-redes do Paços.
- Se na primeira foi a acabar, na segunda foi logo a abrir, deixando o resultado muito bem encaminhado. Bem encaminhado não é sinónimo de fechado. Não podemos deixar de jogar praticamente a meia hora do fim do jogo, principalmente quando do "outro lado" andam a jogar as fichas todas. Se houvesse jogo a meio da semana ainda se compreendia o levantar do pé.
- Estes jogos contra equipas do fundo da tabela que surgem na sequência de fins de semana como o passado, que teve vitória no dérbi e alargar de vantagem na classificação são sempre perigosos. Muito bem a preparação mental para o jogo.
- Foram várias as vezes em que faltou Rafa na área sempre que Vinícius descaiu para a esquerda. Aparte isso voltou a mostrar frieza na concretização e assistiu Vinícius com precisão para o segundo golo.
- Acho que os defesas adversários devem começar a levar para o campo um bloqueador de rodas da EMEL para imobilizarem o Vinícius. Assim não precisavam de andar o jogo todo encavalitados no potente brasileiro.
- Por três. Quando o VAR estava a analisar o golo do Pizzi disse que iam colocar a linha com um centímetro em fora de jogo. Foram quatro, errei por pouco.
- Não é novidade para quem se habituou a vê-lo nos pavilhões da Luz a acompanhar as modalidades. Ver o André Horta em Paços de Ferreira a assistir ao jogo do Benfica como um comum adepto faz-nos pensar que isto é tudo mais simples do que parece. Infelizmente os "odiadores" vão aparecer em massa.